Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Piauí notificaram os primeiros casos de intoxicação por metanol em investigação, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado neste sábado (4). No total, 15 unidades da federação têm casos suspeitos e confirmados. Até o momento, Santa Catarina não tem nenhum caso.

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Em todo o país, foram registrados 195 casos, sendo 14 confirmados e 181 em investigação. O estado de São Paulo lidera com 162 registros — 14 confirmados e 148 em investigação. As notificações foram enviadas até as 16h para o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (Cievs).

Também há casos suspeitos nos seguintes estados: 11 em Pernambuco; 5 em Mato Grosso do Sul; 3 no Paraná; 2 na Bahia; 2 em Goiás; 2 no Rio Grande do Sul; 1 no Distrito Federal; 1 no Espírito Santo; 1 em Minas Gerais; 1 em Mato Grosso; 1 em Rondônia; 1 no Piauí; 1 no Rio de Janeiro; e 1 na Paraíba.

Do total de casos notificados, 13 resultaram em morte, das quais uma está confirmada no estado de São Paulo, segundo o boletim do Ministério da Saúde. Na tarde de hoje, o governo de São Paulo confirmou uma segunda morte decorrente de intoxicação por metanol.

Já os óbitos investigados estão divididos pelos seguintes estados: 7 em São Paulo; 3 em Pernambuco; 1 na Bahia; 1 no Mato Grosso do Sul.

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Sinais de alerta do metanol

Veja as cidade com casos

Bahia

  • Feira de Santana
  • Salvador

Distrito Federal

  • Brasília

Espírito Santo

  • Vila Velha

Goiás

  • Formosa

Minas Gerais

  • Itapaci
  • Santa Maria do Suaçui

Mato Grosso do Sul

  • Campo Grande
  • Ladário
  • Rio Brilhante

Mato Grosso

  • Peixoto de Azevedo

Pernambuco

  • Carpina
  • Caruaru
  • Garanhuns
  • Ipojuca
  • João Alfredo
  • Lagoa do Ouro
  • Lajeado
  • Lajedo
  • Olinda
  • Recife

Paraná

  • Curitiba
  • Foz do Iguaçu

Rondônia

  • Candeias do Jamari

São Paulo

  • Araçatuba
  • Cajuru
  • Carapicuíba
  • Cubatão
  • Diadema
  • Embu
  • Embu das Artes
  • Ferraz de Vasconcelos
  • Guarulhos
  • Itapecerica da Serra
  • Itaquecetuba
  • Itu
  • Jacareí
  • Jundiaí
  • Limeira
  • Mauá
  • Osasco
  • Ribeirão Preto
  • Rio Claro
  • Santo André
  • Santos
  • São Bernardo do Campo
  • São José dos Campos
  • São Paulo
  • São Vicente
  • Taboão da Serra
  • Vinhedo

Piauí

  • Parnaíba

Rio Grande do Sul

  • Porto Alegre
  • Santa Maria

Rio de Janeiro

  • Niterói

Paraíba

  • Baraúna

Alerta em SC

Por enquanto, não há caso suspeito de intoxicação por metanol em Santa Catarina. Porém, os casos registrados em todo o país acendem um alerta.

A Polícia Científica possui um laboratório para analisar a substância nas bebidas. Além disso, o Procon de Santa Catarina vai fazer um treinamento específico para combater a comercialização de produtos falsificados. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também realiza uma série de treinamentos para que empreendedores identifiquem bebidas falsificadas.

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A Secretaria de Saúde de Santa Catarina afirmou que está preparada para atender a população em casos suspeitos, e reforçou que por enquanto o Estado não registrou nenhum caso de intoxicação exógena relacionado ao metanol.

— Cabe ressaltar que Santa Catarina tem uma rede que está preparada para esses casos de intoxicação, inclusive com antídoto paratal. O governador Jorginho Melo convocou todas as áreas envolvidas, Procon, Polícia Civil, Secretaria de Saúde, todos que fazem parte desse ecossistema em possíveis casos de intoxicação, para que a nossa resposta seja o mais rápido possível caso isso ocorra — disse o secretário de Saúde de SC, Diogo Demarchi.

Indústrias de bebidas localizadas em Chapecó e Joinville foram alvo de uma ação de fiscalização na manhã desta sexta-feira (3). A ação desta sexta foi comandada pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Além de Joinville e Chapecó, as fiscalizações ocorreram no interior de São Paulo, na região de Campinas, e em Minas Gerais, no município de Poços de Caldas.

Durante as diligências, foram coletadas amostras representativas dos produtos produzidos e armazenados, que serão encaminhadas a laboratórios para análise químico-sanitária. As verificações buscam identificar a conformidade dos insumos utilizados, a eventual presença de substâncias proibidas ou em concentrações acima dos limites legais, além de avaliar a rastreabilidade dos lotes e a responsabilidade pela fabricação ou manipulação.

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