A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso de Leticia Paul, de 22 anos, a jovem que morreu durante uma tomografia com contraste. Ela fazia o exame em Rio do Sul, no Alto Vale, quando sofreu um choque anafilático. Ela faleceu menos de 24 horas depois do procedimento e a história chocou a região.
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Porém, no entendimento das autoridades, não houve culpados. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (15) pelo delegado responsável pelo caso, Matheus Tietjen Slomsky. Ao g1, ele informou que foram ouvidos familiares, amigos e funcionários do hospital, além de análises de imagens das câmeras de segurança e documentos sobre o medicamento utilizado. Também foi feita uma perícia indireta com base no prontuário médico.
— A medicação usada estava regular e os procedimentos adotados pelos profissionais seguiram os protocolos da literatura médica. Não foram encontradas evidências de negligência — explicou.
Leticia era formada em Direito e moradora de Lontras, cidade vizinha a Rio do Sul, com cerca de 12,8 mil habitantes. Segundo a família, ela era uma jovem alegre, apaixonada por beach tennis e fã da dupla sertaneja Henrique e Juliano.
O exame que ela fez exigiu uso de contraste, que é uma substância química geralmente utilizada em ressonâncias, tomografias e radiografias, sempre com indicação médica, com função de realçar áreas específicas do corpo.
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Já o choque anafilático é uma reação alérgica grave e rara, que pode acontecer de forma muito rápida. Em resumo, a condição ocorre quando o corpo reage de maneira exagerada a uma substância considerada estranha, como alimentos, picadas de insetos ou, em alguns casos, medicamentos e substâncias usadas em exames, como o contraste, explica a alergista e imunologista Jane da Silva.
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