O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), manifestou apoio público à candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República nas eleições de 2026. O anúncio foi feito menos de 24 horas após Flávio confirmar, nas redes sociais, que recebeu o apoio do pai, Jair Bolsonaro, para disputar o cargo.

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“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, publicou Flávio no X, antigo Twitter, durante a tarde.

Menos de 24 horas depois, o governador catarinense aproveitou as redes sociais para manifestar seu apoio à Flávio. “É um grande brasileiro, homem equilibrado e capaz de unir a nossa direita como o seu pai foi capaz. O que o Brasil precisa agora é de união”, postou Jorginho com uma foto ao lado do senador carioca.

“E a direita precisa estar junta para evitar mais 4 anos de PT. Pelo bem do Brasil, eu estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro na sua decisão”, completou ainda na postagem.

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Os 10 passos que levaram à prisão de Jair Bolsonaro

Contexto político

A escolha de Flávio ocorre após a prisão de Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Mesmo preso, o ex-presidente articula os rumos do PL e indicou o filho como sucessor político. Flávio já iniciou negociações para aprovar a anistia aos condenados pelos atos golpistas, considerada prioridade pelo partido.


Racha na família Bolsonaro

O anúncio acontece após um episódio de tensão interna. Na última semana, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou alianças do PL no Ceará, o que gerou reação dos filhos do ex-presidente. Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro acusaram Michelle de “atropelar” decisões políticas do pai. O impasse foi contornado após pedido de desculpas, mas expôs disputas pelo protagonismo dentro do grupo.

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era visto como um dos nomes mais cotados para a candidatura, mas já havia sido criticado por nomes como Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Michelle também já havia sido cotada para a candidatura, tanto para presidente quanto para a vice-presidência. De acordo com O Globo, uma pessoa próxima de Michelle negou que a ex-primeira-dama foi informada da indicação.