Letícia Francine das Neves, 22 anos, foi assassinada pelo marido em Gaspar após viver um relacionamento marcado pela violência, diz a Polícia Civil. O homem foi preso nesta quarta-feira (2) no Paraná, como mostra um vídeo feito pela polícia (assista abaixo). O delegado responsável pelo caso conta que Letícia chegou a registrar boletim de ocorrência contra o companheiro um dia antes do crime, mas desistiu de pedir medida protetiva.
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A jovem foi morta na frente dos três filhos pequenos do casal, de um e três anos, além de uma bebê de quatro meses. Ao lado do corpo da mãe, as crianças só foram resgatadas porque a irmã de Letícia foi até a casa da vítima na noite de sábado (29/7), momento em que descobriu o homicídio.
— O que chamou atenção foi a filha (bebê) estar junto ao corpo mais as duas crianças. A causa da morte foi asfixia mecânica por esganadura — confirmou o delegado Diogo Medeiros.
Medeiros tem dez dias para fechar o inquérito. Nesse período, deve ouvir o suspeito, que foi preso preventivamente, e colher mais provas. Pelo apurado até o momento, o delegado já consegue afirmar que a relação de cerca de cinco anos era repleta de episódios de violência doméstica.
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O último deles chegou a ser registrado em boletim de ocorrência. Na quinta-feira (27/7), o homem quebrou o celular de Letícia. Ela, porém, desistiu de pedir medida protetiva contra o parceiro. A suspeita é que ela tenha sido morta na noite seguinte, entre sexta-feira (28/7) e sábado.
Depois de matar a companheira e deixar os filhos para trás, diz ainda a Polícia Civil, o homem fugiu para Apucarana, no Paraná, onde nasceu e tem familiares. Com um mandado de prisão preventiva da Justiça de Gaspar, o suspeito de 29 anos foi localizado e preso nos fundos de uma oficina mecânica na quarta-feira.
Segundo o delegado André Garcia, da Delegacia de Homicídios de Apucarana, o homem não reagiu, confessou o crime informalmente e tinha a intenção de ir para o Paraguai. Ele deve ser trazido para o presídio de Blumenau em breve, onde vai aguardar o andamento do processo e prestar depoimento.
No Paraná, no momento da detenção, ao ser questionado sobre o assassinato, o homem baixou a cabeça e pareceu chorar. Veja:
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