Após passar 10 dias internado no Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, em São Paulo, foi confirmada a morte encefálica de Lucas da Silva Santos, de 19 anos, neste domingo (20). A suspeita é que ele tenha comido um bolinho de mandioca envenenado. O principal suspeito é o padrasto de Lucas, que está preso de forma temporária. As informações são do g1.

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De acordo com a prefeitura de São Bernardo, Lucas estava internado na UTI, em estado grave, e “durante todo o período de internação, o município prestou a melhor assistência possível”. A família autorizou a doação dos órgãos do jovem, segundo o executivo municipal.

O resultado do exame do Instituto Médico Legal está sendo aguardado para que “mais detalhes sobre o que provocou o quadro clínico” sejam divulgados, segundo o município.

Padrasto distribuiu bolinhos aos familiares

De acordo com a mãe de Lucas, o padrasto do jovem, Ademilson Ferreira dos Santos, distribuiu os bolinhos aos familiares após ela ter recebido o alimento em casa na sexta-feira (11). Segundo o depoimento, Ademilson comeu um pedaço, depois deu um bolinho para ela, deixou um bolinho em um banco para outro familiar e deu o de Lucas no quarto do jovem.

Depois do jantar, Lucas passou mal e acabou desmaiando. Ademilson teria tentado colocar a culpa em sua própria irmã. A afirmação foi dita em entrevista à TV Globo, quando o homem também lamentou o fato de Lucas ter ido para o hospital.

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A tia de Lucas negou que tenha colocado qualquer substância na comida, mas disse que estava afastada da família, mesmo não tendo desavenças graves. Ela prestou depoimento duas vezes.

Quando foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Lucas estava com um quadro de intoxicação compatível com envenenamento, segundo o médico que o atendeu. A equipe acionou a Guarda Municipal e a Polícia Civil iniciou uma investigação.

O jovem precisou ser transferido para o Hospital de Urgência, onde tinha suporte ventilatório e vigilância neurológica, até falecer neste domingo.

Print mostra conversa entre padrasto e pastor

Um print obtido pela TV Globo revela que Ademilson tinha conversado com um pastor, afirmando que estava com depressão e que já havia pensado em matar o enteado, mas que “Deus o havia livrado disso”. A polícia esteve na casa do jovem e da tia de Lucas para coletar amostras da massa dos bolinhos e entender quais ingredientes foram usados.

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A defesa de Ademilson foi procurada pela reportagem, mas não foi localizada.

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