O julgamento de Paulo Odilon Xisto Filho, previsto para acontecer no dia 3 de setembro, deve se estender por três dias, segundo o Tribunal de Justiça (TJ). O homem é acusado de matar a namorada e modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, em Imbituba, no Sul de Santa Catarina.
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Segundo a denúncia, o homem é acusado de matar a namorada em 8 de maio de 2018. Na próxima quarta-feira (3), Paulo será julgado e 15 testemunhas serão ouvidas.
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Paulo teria imobilizado a jovem após uma discussão e agredido o abdômen da mulher, quando o casal estava no apartamento dele. De acordo com informações do g1, uma amiga do réu, que é advogada, também teria alterado a cena do crime.
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O NSC Total entrou em contato com o Tribunal de Justiça (TJ) para saber os detalhes do júri e da investigação relacionada à amiga do acusado. De acordo com o TJ, ela responde em outro processo, e aceitou o benefício de “suspensão condicional do processo”. “A mulher tem que cumprir os requisitos impostos para o processo permanecer suspenso”, informa o órgão.
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Relembre o caso
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu conheceu Isadora em Santa Maria (RS), em março de 2018, quando começaram a namorar. Em abril do mesmo ano, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento do namorado, em Imbituba.
Durante o tempo que passou com o homem, Isadora contou a amigas que Paulo se tornava agressivo e descontrolado quando estava sob efeito de drogas. No dia do crime, o homem teria passado mal e Isadora entrou em contato com parentes dele.
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De acordo com a investigação, Paulo não teria gostado da atitude da namorada, já que os familiares não sabiam que ele usava drogas. Após os parentes deixarem o apartamento, o casal teve uma discussão, e de acordo com a denúncia, Paulo agrediu Isadora até a morte com golpes no abdômen.
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Os socorristas do Corpo de Bombeiros que atenderam o caso disseram à polícia que o lençol da cama estava sujo de sangue quando atenderam Isadora. Entretanto, quando investigadores chegaram ao local, a cama estava sem o lençol. A denúncia contra Paulo inclui a modificação da cena do crime.
O réu chegou a ficar preso em duas ocasiões, em 2018 e 2019, mas segue solto. A defesa do homem nega as acusações e afirma que a vítima morreu “em virtude de uma overdose acidental” (leia nota abaixo).
Paulo responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual.
O que diz a defesa do homem
A defesa de Paulo Odilon Xisto Filho, a cargo do Escritório Aury Lopes Jr Advogados, reafirma a inocência e acredita que os jurados de Imbituba terão serenidade para, analisando a vasta prova produzida nos autos, decidir pela absolvição. Paulo não matou Isadora. Ela faleceu em virtude de uma overdose acidental. Foi uma tragédia, mas ele jamais agrediu a vítima e a prova demostra o grande erro que constitui essa acusação. Também não existiu nenhuma alteração criminosa do local onde ocorreu a morte e está provado no processo. Quanto as armas apreendidas, não guardam nenhuma relação com o fato, são todas legais e devidamente registradas, tanto que já foram restituídas.
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