O fenômeno La Niña pode ser mais fraco do que os eventos anteriores, de acordo com previsões feitas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo a organização, há 55% de chance de ocorrência de um fenômeno menos intenso até fevereiro de 2026.

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O La Niña tem influência no resfriamento temporário nas temperaturas médias globais, mas muitas regiões do Hemisfério Norte e áreas do Hemisfério Sul ainda devem ter temperaturas acima da média nos próximos três meses, de acordo com um informe publicado pela OMM nesta quinta-feira (4).

O que é o La Niña?

A principal influência do La Niña é nas temperaturas. Segundo a OMM, o fenômeno ocorre quando há um resfriamento periódico em larga escala nas temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental.

Também há mudanças na circulação atmosférica tropical, como nos padrões de ventos, pressão e precipitação.

Entenda o La Niña em 10 passos

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Por que o La Niña pode ser mais fraco?

Segundo as previsões dos Centros Globais de Produção de Previsão Sazonal da OMM, os dados do oceano e da atmosfera de novembro de 2025 mostram que a La Niña está no limite de se formar.

Nos meses de janeiro a março e de fevereiro a abril, as condições climáticas devem retornar à neutralidade, conhecida como fase fria do fenômeno natural El Niño-Oscilação do Sul, Enso, com 75% de chance de isso ocorrer.

As previsões ainda afirmam que há pouca probabilidade de ocorrência de um El Niño, que normalmente tem efeitos opostos no clima.

Impacto do La Niña e El Niño no clima

Segundo a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, as previsões sobre os fenômenos auxiliam no planejamento para setores como agricultura, energia, saúde e transporte, dependentes do clima.

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Os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais acompanharão a evolução desse fenômeno climático nos próximos meses.

Mudanças climáticas induzidas pelos humanos

A organização destaca que os eventos climáticos, incluindo o La Niña e El Niño, embora naturais, são afetados pelas mudanças climáticas induzidas pelos humanos. Dessa forma, os fenômenos vêm aumentando as temperaturas globais a longo prazo, com impacto nos padrões de chuva, também.