A medição feita na Lagoa do Peri, em Florianópolis, nesta segunda-feira (17) indicou que o local está novamente próprio para banho. Na última semana, o ponto teve resultados negativos na análise, o que fez com que a bandeira azul fosse retirada do mastro na unidade de conservação.

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A coleta realizada na segunda-feira indicou concentrações consideradas seguras pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) de Escherichia coli. Nas medições dos dias 3 e 10 de fevereiro, o resultado da balneabilidade no local foi considerado impróprio para banho.

Segundo o IMA, um ponto é considerado impróprio quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas anteriores, no mesmo local, os resultados forem superiores a 800 Escherichia coli por 100 mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.

A coleta desta segunda indicou 10 NMP/100 mL de Escherichia coli, enquanto que no dia 10 de fevereiro foram 209 NMP/100 mL de Escherichia coli e no dia 3 de fevereiro, 988 NMP/100 mL de Escherichia coli. Dessa forma, os resultados obtidos na última semana tornaram o ponto impróprio, porém como o local teve um resultado inferior a 800 NMP/ 100 ml nesta segunda, o ponto retornou a condição de próprio novamente, explica o IMA.

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Veja fotos da Lagoa do Peri

Na ocasião que em que a Lagoa do Peri se tornou imprópria para banho, a prefeitura de Florianópolis alegou, em nota, que o resultado seria “reflexo das chuvas intensas dos últimos dias”, e que era preciso aguardar novas coletas para reavaliar a situação.

“A Lagoa do Peri, por ser uma Unidade de Conservação, recebe monitoramento constante da Prefeitura, e já conta com um Grupo Técnico de Trabalho para gestão dos recursos hídricos. Além disso, o plano de manejo da área, recentemente publicado, prevê melhorias na infraestrutura do local. A Prefeitura segue acompanhando a situação e estudando o que pode ter contribuído para essa oscilação, sempre buscando garantir a qualidade da água e a preservação do local”, afirma a nota da prefeitura divulgada nesta terça (18), após a lagoa retomar a qualidade da balneabilidade.

Bandeira Azul foi retirada da Lagoa do Peri

Depois da divulgação dos resultados negativos de balneabilidade, a Lagoa do Peri teve a bandeira azul retirada do mastro na segunda-feira (10). A partir desta data, o problema tinha o prazo de dez dias para ser resolvido, para que a lagoa não perdesse o selo internacional.

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A Bandeira Azul reconhece a qualidade da água, entre outros critérios, como gestão ambiental, educação ambiental, segurança e turismo sustentável. O Instituto Ambientes em Rede, que coordena o projeto no Brasil, aguardava os novos testes de qualidade da água feitos pelo IMA para avaliar a situação com mais detalhes.  

Caso os novos testes confirmassem que a água estava imprópria para banho, a certificação do selo da Bandeira Azul poderia ser revogada para a temporada 2024/2025. 

O selo da Bandeira Azul foi implementado na temporada de 2009/2010 no Brasil. Desde então, a Lagoa do Peri recebeu o reconhecimento nas seguintes temporadas:

  • 2015/2016
  • 2016/2017
  • 2018/2019
  • 2019/2020
  • 2020/2021
  • 2022/2023
  • 2023/2024
  • 2024/2025

Em junho de 2021, a lagoa perdeu o selo da Bandeira Azul. Na temporalidade de 2021/2022 o critério de qualidade não foi renovado porque, segundo o programa, não foram entregues as documentações necessárias. 

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Para conquistar a bandeira na nova temporada, o município deve apresentar em maio o histórico de balneabilidade dos últimos quatro anos. Com isso, o Programa Bandeira Azul faz o cálculo da média do período apresentado e determina se a praia ou lagoa está apta para conquistar o selo ou não. 

“O monitoramento deve ser feito ao longo da temporada e se houver alteração a bandeira deve ser abaixada. Além de abaixar a bandeira, os resultados ruins podem comprometer a aprovação para o ano seguinte”, informou o Programa Bandeira Azul ao NSC Total.

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