
Tragédia em Santiago
Informação foi confirmada nesta sexta-feira (31). Translado dos corpos para Santa Catarina deve ser feito na segunda-feira (3)
A família brasileira encontrada morta em um apartamento em Santiago, no Chile, foi intoxicada por monóxido de carbono. A causa foi apontada por laudo emitido pelas autoridades chilenas e confirmada pelo advogado da família, Mirivaldo Campos, que está na capital chilena.
Ainda de acordo com ele, o translado dos corpos para Santa Catarina deve ser feito na noite de segunda-feira (3). O velório e o sepultamento estão previstos para o dia seguinte.
Os seis brasileiros eram de uma mesma família, cinco deles de Biguaçu, na Grande Florianópolis. Eles viajaram ao Chile para comemorar o aniversário de 15 anos de uma das vítimas, mas foram foram encontrados mortos no dia 22 de maio.
O velório dos seis brasileiros será aberto ao público e ocorrerá no ginásio de esportes da Univali, em Biguaçu, das 8h30min às 15h30min de terça-feira (4), conforme comunicado da prefeitura da cidade. O enterro está previsto para as 17h no Cemitério de São Miguel, também em Biguaçu.
O monóxido de carbono é um tipo de gás proveniente da combustão incompleta - e é altamente tóxico e letal. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o maior fator de risco é que ele não tem cheiro e, por isso, pode levar à morte sem que a pessoa se dê conta da intoxicação.
A exposição ao componente altera a estrutura da hemoglobina, que tem a função de transportar o oxigênio no corpo, e passa a comprometer o sistema nervoso. Os sintomas da intoxicação começam com náuseas, tontura e dor de cabeça. Caso a pessoa continue exposta, o quadro se agrava e pode levar à morte.
A morte da família é investigada pela polícia chilena, que apura de onde saiu o vazamento do gás. Uma das hipóteses é que o monóxido de carbono tenha vazado do aquecedor de água.
Além disso, a polícia também apura se houve negligência no atendimento às vítimas. Na sexta-feira passada (24), os Carabineros do Chile, que equivalem à Polícia Militar, admitiram que houve demora no socorro aos brasileiros. Uma investigação interna foi aberta.
As vítimas da tragédia no Chile são os catarinenses Fabiano de Souza, 41 anos, a esposa dele, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, os dois filhos do casal, Karoliny Nascimento de Souza, que completaria 15 anos na semana passada, e Felipe Nascimento de Souza, 13, e Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, irmão de Débora. A mulher de Jonathas, Adriane Krueger, do Mato Grosso, também morreu na tragédia.