A mulher de 37 anos que comeu uma “falsa couve” na cidade de Patrocínio, em Minas Gerais, está em estado gravíssimo e lesão cerebral, de acordo com um boletim divulgado no domingo (12) pela secretária de Saúde do município, Luciana Rocha. Um idoso que também ingeriu a substância saiu do coma e um homem de 60 anos segue em coma induzido.

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Conforme o boletim, a mulher de 37 anos está sem sedação, mas “sem despertar efetivo”. Uma tomografia de crânio indicou gravidade com lesão cerebral e possível sequela.

O homem de 64 anos foi extubado no sábado (11) e segue estável, com a equipe médica avaliando a proposta de alta nos próximos dias, conforme o boletim.

Já o homem de 60 anos segue com quadro grave e coma induzido, dependendo de aparelhos para respirar e sem condições de suspender a sedação. A equipe médica aguarda a resposta ao novo antibiótico para melhorar os parâmetros infecciosos dele.

Saiba mais sobre a planta

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Relembre o caso

A intoxicação ocorreu na quarta-feira (9), por volta das 15h, enquanto familiares e amigos estavam em uma confraternização em uma chácara na zona rural. Quatro pessoas foram internadas em estado grave após ingerirem a planta tóxica.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família se mudou recentemente para a chácara e acreditava que a planta era um pé de couve. Os moradores da casa prepararam a planta refogada e serviram no almoço para amigos.

As quatro pessoas passaram mal assim que comeram a planta. Segundos os bombeiros, eles sentiram mal-estar, dormência na perna, falta de força muscular, dificuldade de respirar e visão prejudicada.

Segundo a Universidade Federal de São João del-Rei, a Nicotiana glauca, conhecida como charuteira ou tabaco-arbóreo, é da mesma família da Nicotiana tabacum, nome científico da folha do fumo. Porém, a anabasina — substância presente na falsa couve — é cinco vezes mais potente que a nicotina, e a ingestão da folha causa um quadro sério de intoxicação. Os sintomas surgem rapidamente entre 15 e 30 minutos e incluem vômitos, paralisia muscular e parada respiratória.

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A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A principal linha de apuração é envenenamento acidental.

*Com informações do g1 e da Universidade Federal de São João del-Rei.

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