Florianópolis teve queda no Índice de Custo de Vida (ICV) acumulado nos últimos 12 meses, mesmo com a alta de 0,21% registrada em outubro. O resultado, calculado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), mostra uma mudança considerada importante no comportamento dos preços.
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O levantamento aponta que Goiânia teve o maior avanço entre as capitais em outubro, com 0,96%, muito acima da média nacional de 0,09%.
Porto Alegre subiu 0,33%, Grande Vitória avançou 0,31% e Belém marcou 0,26%, todos acima da variação mensal na capital catarinense. Já São Luís e Belo Horizonte registraram queda de 0,15%, enquanto o Rio de Janeiro recuou 0,06%.
Florianópolis fica com o quinto lugar entre as capitais, o que, para a economista Bruna Sotto, da Udesc Esag, indica possível mudança de tendência:
— Esse é o primeiro mês que estamos abaixo de 6% no acumulado dos últimos 12 meses. Isso pode se mostrar como uma tendência de diminuição — disse.
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Capital catarinense mantém liderança no índice acumulado
Mesmo fora das primeiras colocações no resultado mensal, Florianópolis é a capital que mais acumulou variação nos últimos 12 meses, chegando a 5,61%. No mês passado, no entanto, essa inflação acumulada era de 6,05%, o que indica a sinalização de redução de preços nos últimos 12 meses.
Logo depois aparecem Grande Vitória com 5,37% e São Paulo com 5,17%. Também acima da média nacional de 4,68% ficaram Aracaju, com 5,16%, e Belém, com 5,15%. Na outra ponta estão Rio de Janeiro e Campo Grande, com 3,89% e 3,84%.
O estudo ainda mostra percentuais próximos da média em outras capitais. Brasília marcou 4,42%, Salvador 4,39% e Belo Horizonte 4,36%. No Norte e Nordeste, os resultados variaram entre 4,02% em Rio Branco e 4,58% em Fortaleza e São Luís.
O tomate foi um dos itens que mais pesaram no bolso no período de 12 meses, acumulando alta de 99,83%, praticamente dobrando de preço.
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Outros alimentos também apresentaram aumentos expressivos, como o café solúvel, com 59,01%, e o café em pó, com 47,93%.
O morango subiu 36,66% e o chocolate em barra e bombons avançou 36,16%. Entre as carnes, o filé mignon teve variação de 32,48%. No setor de limpeza, o sabão em pó registrou aumento de 49,42%.
O que é o Índice de Custo de Vida
O Índice de Custo de Vida (ICV) é uma pesquisa mensal realizada com exclusividade pelo Esag, sediado em Florianópolis.
O levantamento monitora, desde 1968, a variação de preços de 297 bens e serviços consumidos por famílias com renda entre um e 40 salários mínimos na capital catarinense.
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O ICV utiliza a mesma metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que permite a comparação direta com os dados nacionais, embora com foco na realidade local.
