No ano em que o Brasil recebe a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o olhar sobre o meio ambiente ganha força na educação.
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Um levantamento inédito apontou que a média nacional de sustentabilidade nas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas é de 535 pontos em um índice que vai até 1 mil.
Os dados são do Instituto Semesp, centro de inteligência analítica dedicado à produção de dados e estudos estatísticos sobre o ensino superior. Os índices foram divulgados nesta quinta-feira (25), durante o 27º FNESP, maior fórum de ensino superior da América Latina, realizado em São Paulo.
As instituições privadas alcançaram em média 545 pontos, enquanto as públicas receberam 490 pontos.
No campus e fora dele
A pesquisa levou em conta como a sustentabilidade está presente no campus, por meio da minimização do consumo, do tratamento de resíduos e da substituição de processos. Também foram avaliadas práticas sustentáveis nas atividades acadêmicas de ensino e pesquisa, no relacionamento com a comunidade e na gestão. A maior pontuação foi registrada em projetos comunitários e ações de inclusão.
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Para Rodrigo Capelato, economista e diretor executivo do Semesp, o resultado surpreendeu, mas ainda está longe do ideal:
— O indicador mostra que o setor não está reprovado, mas, ao mesmo tempo, estamos muito aquém das potencialidades que temos para transformar a sustentabilidade.
Capelato destaca a importância do ensino superior na mudança de consciência ambiental.
— As instituições de ensino são as responsáveis por formar as pessoas que vão criar políticas públicas e formar as novas gerações. É um papel fundamental, ainda mais considerando que o maior peso do indicador é a parte de ensino.
Participaram do levantamento 155 instituições mantidas e 138 mantenedoras, o que representa 2,1 milhões de alunos dos cursos de graduação no Brasil. A amostra reuniu universidades, centros universitários, faculdades e institutos federais.
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A repórter Rafaela Cardoso viajou a convite da Semesp.
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