Em comemoração ao aniversário de 150 anos de São Bento do Sul, um projeto pretende contar em forma de livro as histórias de agricultoras do município. Sem fins lucrativos, a proposta da autora Marina Santos é enaltecer a importância da mulher rural são-bentense.
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Nomeado “Entre o batom e a enxada”, a obra contará as histórias de cerca de 50 mulheres agricultoras de todas as localidades da região, que trabalham em diferentes arranjos produtivos e que tenham relatos de luta e superação ligadas ao espaço rural.
Auxiliar administrativa na Prefeitura de São Bento do Sul, no setor de Agricultura e Meio Ambiente, a autora Marina Santos, 42 anos, enaltece a ideia do projeto e destaca a importância das trabalhadoras rurais.
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— Como forma de mostrar e valorizar elas, resolvi fazer este livro. De todo o tempo de prefeitura, esta foi a melhor ideia que tive, pelo fato de estar sendo muito gratificante, fazer estas mulheres ver que elas têm uma grande importância — afirmou.
De acordo com ela, ao trabalhar diretamente com produtores rurais, percebeu que muitas mulheres não se sentiam importantes dentro do trabalho que desempenham dentro da propriedade.
— As mulheres sempre tiveram posição de destaque no espaço rural, seja nas tarefas do lar, no cuidado com os filhos ou nas atividades produtivas da propriedade. Reconhecer este trabalho é ponto de partida para entender que as mulheres têm muito potencial e possibilidade de crescimento — disse.
O livro tem previsão de lançamento em setembro, mês do aniversário da cidade, em um evento a ser divulgado.
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Relatos emocionantes
Para escrever o livro, Marina precisa ir até a propriedade de cada uma das agricultoras, entrevistá-las e escrever conforme o relato. Depois, volta aos locais para ler as histórias para elas. Segundo a autora, as mulheres se emocionam com a própria história.
— Essa é a melhor parte. A grande maioria delas acha que não tem valor — disse.
Histórias como de Vitalina Osika, de 91 anos, farão parte do livro. Com quatro filhos, nove netos, 12 bisnetos e 10 tataranetos, a idosa contará as paixões e as atividades diárias.
— Com minha idade, até podem pensar que não tenho força e muito menos energia para fazer minhas atividades, mas se enganam. Eu ainda cozinho, cuido da minha horta, faço meus bordados e bolachas, e tenho muita disposição para fazer as tarefas da casa, ficar parada não quero não — afirma Vitalina.
*Sob supervisão de Raphaela Suzin
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