“O lugar mais faminto do mundo”. É assim que o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) descreve Gaza. No momento, Israel está bloqueando a entrada de ajuda humanitária no enclave. As informações são da Agência Brasil.
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Jens Laerke, o porta-voz, disse também que 600 dos 900 caminhões de ajuda humanitária foram autorizados a chegar à fronteira de Israel com Gaza. A partir daí, uma mistura de obstáculos burocráticos e de segurança tornou praticamente impossível levar ajuda com segurança para a região.
— O que conseguimos trazer foi farinha. Isso não está pronto para comer, certo? Precisa ser cozida, 100% da população de Gaza está correndo o risco de passar fome — afirmou ele em entrevista coletiva nesta sexta-feira (30).
Além disso, metade das instalações médicas da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão fora de ação na região por falta de combustível ou de equipamentos médicos, segundo Tommaso della Longa, porta-voz do Comitê Internacional das organizações.
Israel lançou guerra contra Hamas em 2023
Israel travou uma guerra contra o Hamas em Gaza no dia 7 de outubro de 2023, após o ataque surpresa do grupo palestino no sul de Israel que matou 1.200 pessoas. A maioria das vítimas eram civis, e 251 pessoas foram feitas reféns, segundo autoridades israelenses.
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Até março deste ano, no entanto, mais de 50 mil palestinos haviam sido mortos em Gaza desde o início dos conflitos, de acordo com o Ministério da Saúde do território.
Nesta sexta-feira (30), os Estados Unidos (EUA) propuseram um plano de cessar-fogo de 60 dias para Gaza. Um documento visto pela Reuters diz que a primeira semana contaria com a libertação de 28 reféns israelenses, vivos e mortos, em troca da libertação de 125 prisioneiros da Palestina condenados à prisão perpétua, junto aos restos de 180 palestinos mortos.
O plano, que afirma ter a garantia do presidente dos EUA, Donald Trump, e dos mediadores Egito e Catar, inclui o envio de ajuda humanitária a Gaza assim que o Hamas assinar o acordo de cessar-fogo.
O documento estipula que o Hamas libertará os últimos 30 reféns assim que um cessar-fogo permanente for estabelecido.
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Na quinta-feira (29), a Casa Branca afirmou que Israel concordou com a proposta de cessar-fogo dos EUA. À Reuters, o Hamas disse estar revisando o plano, e que responderia entre esta sexta-feira e sábado (31).
*Sob supervisão de Andréa da Luz
**Com informações de Agência Brasil, Reuters e CNN Brasil
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