O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna para Belém (PA) nesta quarta-feira (19), para a fase final da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). Em uma carta lida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, neste domingo (16), Lula diz que irá se encontrar com o secretário-geral da ONU, António Guterres. As informações são do g1.
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— Voltarei a Belém no dia 19 de novembro para encontrar o Secretário Geral da ONU em um esforço conjunto para fortalecer a governança do clima e do multilateralismo. Também vou participar de reuniões com vários países, representantes da sociedade civil, povos indígenas e populações tradicionais, e governadores e prefeitos — declarou o presidente no documento.
A mensagem foi lida pela ministra no encerramento da Cúpula dos Povos, que ocorre durante a COP30. Lula também reafirmou no texto a necessidade de um “mapa do caminho” para a transição energética e o fim do desmatamento ilegal.
— Precisamos de mapas do caminho para que a humanidade, de forma justa e planejada, supere a dependência dos combustíveis fósseis, pare e reverta o desmatamento e mobilize recursos para esses fins. Não podemos sair de Belém sem decisões sobre estes temas — afirmou.
O que são mapas do caminho?
O termo “mapa do caminho”, ou roadmap (em inglês), é usado em negociações internacionais para planos de ação com etapas, prazos e metas concretas em busca de um objetivo comum. De forma prática, é um roteiro político e técnico que define “quem faz o quê, até quando e com quais recursos”.
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A COP30 termina nesta sexta-feira (21). Alguns assuntos ainda seguem “pendentes” e devem ter negociações nos próximos dias, sendo eles:
- financiamento climático (quem paga a conta da crise)
- comércio internacional (como regras de mercado afetam o clima)
- lacuna de ambição (o quanto as metas atuais ainda são insuficientes)
- relatórios de implementação (como cada país mostra o que fez ou não fez)
- acordos bilaterais
- adaptação às novas regras
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também defendeu a criação de um mapa do caminho nesta segunda. Ele discursou na abertura de uma sessão ministerial do evento. Além do fim da dependência de combustíveis fósseis e do desmatamento ilegal, o documento deve prever a valorização das florestas, especialmente com foco na sócio-bioeconomia, e na a recuperação de áreas degradadas; e a promoção da cooperação entre governos, empresas e comunidades locais.
Fotos mostram manifestação indígena na COP30
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