As maçãs produzidas em Santa Catarina destinadas ao mercado externo passarão por inspeção e certificação nos polos de São Joaquim, na Serra catarinense, e Fraiburgo, no Meio-Oeste de Santa Catarina.

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Segundo a medida, válida a partir da safra 2024/2025 e autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o processo conhecido como desembaraço aduaneiro na origem substituirá a prática anterior, que exigia o envio das cargas para o Rio Grande do Sul antes da liberação para exportação.

O objetivo é reduzir custos de transporte, encurtar o tempo de envio e preservar a qualidade da fruta, que perdia vida útil no deslocamento. Com isso, espera-se aumentar a competitividade da maçã catarinense no mercado internacional.

Desembaraço aduaneiro na origem

No novo formato, fiscais certificadores atuam diretamente no estado, verificando e liberando a mercadoria de acordo com as exigências sanitárias do país importador. A carga segue então para o Porto de Imbituba, sem necessidade de paradas fora do território catarinense.

De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), responsável pela sanidade dos pomares, a descentralização atende a um pleito do setor produtivo e de entidades representativas, encaminhado ao Mapa em 2024.

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“Santa Catarina é o maior produtor de maçã do Brasil e essa decisão desonera significativamente a logística da produção, aumenta a vida útil do produto e, portanto, o seu valor comercial. Essa era uma reivindicação da Cidasc e das associações e dos produtores na região de São Joaquim e Fraiburgo”, destacou a presidente da companhia, Celles Regina de Matos.

Ainda segundo Celles, os reflexos já puderam ser sentidos nesse ano. “E a partir da safra de maçã 2025/2026 teremos o resultado do impacto desta ação, que visa impulsionar o setor agropecuário catarinense”.

Impactos econômicos

Com a certificação realizada em Santa Catarina, tributos incidentes sobre as exportações, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), passam a permanecer no estado de origem da produção.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), Carlos Chiodini, “Isso garante retorno fiscal à economia estadual e reforça a importância da cadeia produtiva local”, explica.

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Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçã, com destaque para São Joaquim, responsável por cerca de 50% da safra estadual. A expectativa é que a medida amplie a presença da fruta em mercados da Europa, Ásia e América Latina.

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