Pesquisadores descobriram uma nova espécie de sucuri-verde, chamada Eunectes akiyama. Ela se diferencia geneticamente da sucuri-verde tradicional, a Eunectes murinus, em 5,5%.
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Essa descoberta foi publicada na revista científica Diversity. A nova espécie é encontrada no norte da América do Sul, em países como Equador, Colômbia e Venezuela.
De acordo com o Instituto Butantã, a sucuri-verde é a maior serpente em volume corpóreo do mundo.
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Diferenças genéticas e morfológicas
Segundo o professor Miguel Trefaut Urbano Rodrigues, do Instituto de Biociências da USP, a nova espécie tem características morfológicas semelhantes à sucuri-verde tradicional. No entanto, os estudos genéticos revelaram diferenças significativas.
“Eles acabaram descobrindo diferenças importantes em genes mitocondriais entre várias populações do norte da América do Sul”, explica Trefaut ao Jornal da USP.
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Segundo o Guia de Animais Peçonhentos do Brasil, há 32 espécies de serpentes Jararacas no Brasil. Elas estão divididas entre o gênero Bothrocophias e Bothrops. Por existirem em maior volume e abrangência no território nacional, esse grupo é o principal responsável por acidentes com cobras venenosas no Brasil, mas não possuem o veneno mais potente. São elas:
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Onde vivem as sucuris-verde?
A sucuri-verde tradicional, Eunectes murinus, habita regiões como Peru, Bolívia e Brasil. Já a nova espécie, Eunectes akiyama, parece estar restrita ao norte da América do Sul.
“Não se sabe se elas se encontram, se ocorre ou não hibridização entre elas”, alerta Trefaut. Mais estudos são necessários para entender a distribuição geográfica das duas espécies.
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Outras espécies de sucuris
Além das sucuris-verde, existem outras três espécies reconhecidas: Eunectes deschauenseei, Eunectes notaeus e Eunectes beniensis. Elas se diferenciam principalmente pelo tamanho, coloração e padrão de manchas.
“Isso precisa ser feito com mais cuidado, precisa fazer uma análise geográfica bastante bem feita”, afirma Trefaut sobre a classificação dessas espécies.
Como novas espécies são descobertas?
O processo de taxonomia envolve a coleta de exemplares, análise de DNA e comparação de características morfológicas. “Se a gente constatar diferenças, e que elas tenham uma coerência geográfica, a gente procede a descrição da espécie”, explica o professor.
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Essa descoberta reforça a importância de estudos contínuos para entender a biodiversidade, especialmente em regiões como a Amazônia, onde muitas espécies ainda são desconhecidas.
Por que essa descoberta é importante?
A identificação de uma nova espécie de sucuri-verde não apenas expande nosso conhecimento sobre a biodiversidade, mas também destaca a necessidade de preservação desses habitats.
Com mais pesquisas, cientistas poderão entender melhor a distribuição e o comportamento dessas cobras gigantes, contribuindo para sua conservação.
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