Mais de 250 cobras já foram capturadas neste ano em Jaraguá do Sul, segundo estimativa da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama). É uma média de quase uma serpente por dia encontrada na área urbana da cidade do Norte de SC.
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Segundo o biólogo Christian Raboch, que trabalha no órgão municipal, este é o ano com mais capturas de serpentes no município desde 2007, quando começou o trabalho da Fujama. O número tem crescido e estaria relacionado com o maior conhecimento dos moradores sobre o serviço oferecido pela fundação.
– As pessoas estão tendo mais conhecimento do nosso trabalho e nos procurando mais. Por isso, o número tende a aumentar ainda mais – aponta Cristian.
Uma das explicações para o número expressivo de capturas é a de que a cidade tem mais de 40% do território composto por Mata Atlântica, além de muitos rios. É o ambiente perfeito para a presença de cobras.
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Elas costumam aparecer nas casas em busca de alimento e abrigo. Por isso, a orientação do biólogo é manter o jardim e o quintal limpos e sem entulhos para não deixá-los “confortáveis” para as cobras. Outra dica é evitar o máximo a presença de ratos porque as serpentes, principalmente as peçonhentas, são atraídas pela urina dos roedores.
Maioria das cobras não é peçonhenta
O biólogo da Fujama conta que a maioria das cobras capturadas em Jaraguá do Sul não são peçonhentas. Segundo Raboch, em cada dez serpentes, duas são venenosas e levam perigo aos moradores.
Entre as capturadas, a cobra não peçonhenta mais comum é a conhecida como dormideira, uma espécie que não tem veneno e se alimenta de lesmas e caracóis. Também costumam aparecer cobras cipós e caninanas.
Já entre as venenosas são mais comuns as jararacas e, com menos frequência, a coral e jararacuçu. De acordo com o biólogo da Fujama, a mais perigosa entre elas é a jararaca, cuja espécie é responsável por 90% dos acidentes com serpentes no Brasil.
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Moradores devem evitar contato com animal
A dificuldade da captura do animal vai depender de uma série de fatores. Um deles é o local onde se encontra, se é de fácil ou difícil acesso. Outro é o temperamento da serpente, que pode complicar o resgate.
– Às vezes, a serpente pode ter 2 metros, mas está tranquila e fica mais fácil de resgatar. Mas tem vezes em que tentam matar o bicho e ele fica estressado porque vai tentar se defender – conta Cristian.
A orientação é de que o morador mantenha a calma, evite contato com a cobra e prenda cães e gatos, por segurança dos animais domésticos e dos silvestres. Em seguida, peça auxílio dos órgãos municipais responsáveis pelo resgate.
O que fazer ao encontrar uma cobra?
- Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);
- Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo;
- Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.
- O telefone da Fujama, em Jaraguá do Sul, é (47) 3273-8008, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17 horas.
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