Março foi o mês mais chuvoso em Santa Catarina em mais de um ano. De acordo com o Boletim Hidrometeorológico Integrado, no último mês, todas as regiões tiveram acumulados de chuva muito próximos ou superiores à média histórica. 

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Segundo o boletim, isso não acontecia no Estado desde janeiro de 2021. Só no Oeste, em parte do Meio Oeste, Planaltos e Litoral, foram registrados acumulados acima de 200 milímetros. Já em pontos do Meio Oeste, Litoral Sul, Grande Florianópolis e Litoral Norte, o acumulado ficou acima dos 300 mm. 

Por conta disso, conforme o boletim, março registrou uma precipitação acima do normal nas áreas próximas à costa e entre os Planaltos, Meio Oeste, Oeste e Extremo. Nessas regiões, os registros superaram entre 40 mm e 120 mm a precipitação esperada. Já em outros pontos, os volumes ficaram até 200 mm acima da média climatológica. 

Apesar disso, a previsão para o segundo trimestre é de que os acumulados de chuva fiquem abaixo da média. 

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— Mesmo com as boas notícias, é preciso seguir acompanhando as informações meteorológicas e a situação do abastecimento, com foco em um planejamento da gestão da água em longo prazo — afirma o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira. 

Chuva diminuiu os efeitos da estiagem 

Ainda segundo o boletim, as chuvas de março também influenciaram no cenário da estiagem em Santa Catarina. Isto porque os acumulados diminuíram a intensidade do fenômeno, apesar de não superá-lo. 

Dentre as 295 cidades catarinenses, 95 estão em condição normal, enquanto 184 foram classificadas como em seca fraca. Já 16 estão em seca moderada, de acordo com o Índice Integrado de Seca.

A melhora fica mais evidente ao comparar com a situação de um mês atrás. No boletim de 7 de março, apenas seis municípios estavam em condição normal, enquanto 18 estavam com seca fraca, 70 com seca moderada, 129 em seca severa, 70 em seca extrema e dois em seca expecional. 

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Abastecimento segue crítico em sete cidades

Por fim, o Boletim Hidrometeorológico traz dados a respeito do abastecimento público de água. Para isso, é levada em consideração a situação hidrológica dos rios e bacias hidrográficas, informadas pelas estações de monitoramento. 

Ao todo, 281 municípios atualizaram as informações. Desses, 240 estão com o abastecimento urbano em situação normal, 21 em estado de atenção, 13 em estado de alerta e sete em situação crítica. 

Apesar do cenário, também houve queda em relação ao último boletim. Em março, eram 149 com abastecimento normal, 58 em atenção, 23 em alerta e 14 em situação crítica. 

De acordo com o boletim, o motivo de algumas cidades ainda estarem com restrições no abastecimento, mesmo com a chuva, é a fonte. Isto porque, nos municípios em situações críticas, a fonte ocorre por meio de águas subterrâneas, onde a recarga é mais lenta e responde de maneira menos imediata ao volume de chuva do que as águas superficiais, principalmente quando a precipitação, embora intensa, ocorre em um curto período de tempo ou tem baixa frequência. 

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Por isso, o monitoramento ainda é importante, além do uso racional da água por parte da população, segundo o presidente da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc), João Carlos Grando. 

— Continuaremos a bater na mesma tecla no quesito consumo consciente da água, mudando hábitos e incluindo posturas proativas para evitar o desperdício — diz. 

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