A médica Mayra Suzanne Garcia Valladão está sendo investigada pela Polícia Civil por homicídio culposo após a morte da defensora pública Geana Aline de Souza, de 39 anos, em Boa Vista, Roraima. A Polícia Civil apura se Mayra foi negligente ou se houve imperícia ou imprudência no procedimento feito na vítima. As informações são do g1.
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O caso ocorreu no dia 18 de março, quando Geana passou pelo procedimento para inserir o Dispositivo Intrauterino (DIU), método contraceptivo de longa duração e alta eficácia. O procedimento foi feito com a médica Mayra, mas não chegou a colocar o dispositivo. Não há informação sobre o motivo de o procedimento ter sido interrompido. Depois de ser liberada, sentiu febre e teve dores em casa. Ela morreu por infecção generalizada sete dias após a consulta com a médica.
A defensora teve uma infecção grave no colo do útero, segundo informou a família. Essa infecção se espalhou pelo corpo e evoluiu para uma infecção generalizada, que levou à falência de órgãos, como os rins e o fígado. Geana chegou a ser atendida num hospital particular em Boa Vista, mas deu entrada em estado gravíssimo e não resistiu.
O g1 solicitou posicionamento de Mayra e até a publicação desta reportagem, aguardava retorno.
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Na tarde de sexta-feira (28), a Polícia Civil fez uma inspeção no consultório da médica com o objetivo de verificar as condições de biossegurança dos equipamentos utilizados no procedimento em Geana. A ação ocorreu com o apoio da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal. O caso é investigado no 1º Distrito Policial.
— Se apura como principal linha de investigação a prática do crime de homicídio culposo por possível negligência, imperícia ou imprudência da médica que fez o procedimento de tentativa de inserção de DIU na paciente no dia 18 de março de 2025. Para fins de apurar a questão de possível imprudência no manuseio de equipamentos técnicos no procedimento foi solicitada à Vigilância Sanitária do estado de Roraima e à Vigilância Sanitária do município de Boa Vista que realizasse uma inspeção técnica no consultório da doutora — explicou a delegada Jéssica Muniz, responsável pela investigação.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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