A Secretaria de Saúde de Itajaí registrou o quarto caso de agressão contra profissionais do sistema público somente neste ano. O episódio mais recente ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cordeiros, onde um médico foi alvo de ofensas verbais por parte de uma paciente após negar o atestado solicitado. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (20).

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Segundo a direção da unidade, o médico avaliou exames de raio-x e concluiu que não havia necessidade de afastamento. Inconformada, a paciente passou a ofender o servidor, que precisou ser retirado do local. O profissional registrou boletim de ocorrência.

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Na última semana, outro episódio semelhante havia sido registrado na mesma UPA. Diante da sequência de agressões, a Secretaria de Saúde anunciou medidas emergenciais, como a contratação de vigilantes adicionais, instalação de botões do pânico e rondas da Guarda Municipal nas unidades.

A secretária municipal de Saúde, Mylene Lavado, afirma que a situação tem gerado medo entre os servidores, especialmente para os que atuam em horários noturnos.

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— Nossos servidores estão com medo. Alguns estão inclusive trocando os horários de serviço com medo de atuarem no período noturno, principalmente as mulheres. A Secretaria de Saúde já está reforçando a segurança, principalmente nas UPAs e unidades polo, que ficam abertas até mais tarde — declarou.

Ela acrescenta que a pasta também avalia a criação de saídas de emergência e o credenciamento de atendimento psicológico para os profissionais.

— Nosso objetivo é reestabelecer o bem-estar nos ambientes públicos de saúde e garantir que quem cuida da população também seja tratado com respeito, isso é o mínimo — completou.

Os servidores também receberão capacitação sobre como agir em situações de agressão e sobre os mecanismos de proteção legal.

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Conforme o Código Penal, lesão corporal contra profissionais de saúde pode resultar em pena de três meses a um ano de prisão. Ameaças, injúrias e desacatos também configuram crime e podem gerar punições de seis meses a dois anos, agravadas quando cometidas em locais públicos.

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