Uma organização criminosa especializada em extorsões digitais, conhecidas como “sextorsão”, foi alvo de uma megaoperação a nível nacional nesta quarta-feira (27). Mandados foram cumpridos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Sete pessoas foram presas pelo crime que, em um dos casos, terminou com a morte da vítima. 

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As investigações iniciadas pela Polícia Civil de São Paulo apontam que o grupo operava por meio de plataformas de mensageria e redes sociais, onde criavam perfis falsos de mulheres atraentes para ganhar as vítimas, obter imagens íntimas e, posteriormente, iniciar a extorsão. Os criminosos se passavam por policiais e advogados para intimidar as vítimas, exigindo transferências bancárias sob ameaça de exposição pública e falsa incriminação. No caso sob investigação, a extorsão resultou no suicídio da vítima.

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Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão temporária, nos municípios de  Criciúma (SC), Itajaí (SC), Joinville (SC), Campinas (SP), São José dos Campos (SC), Taquara (RS), Sapucaia do Sul (RS), Novo Hamburgo (RS), Montenegro (RS), São Leopoldo (RS) e Sapiranga (RS). Nos municípios gaúchos foram realizadas as prisões dos suspeitos.

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Conforme a Polícia Civil, sete foram presos, sendo que quatro deles já estavam detidos e, a partir disso, praticavam o crime dentro do sistema prisional. Computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos para análise pericial.

Como começou a investigação contra o “sextorsão”

O caso que originou a investigação ocorreu em Cruzeiro (SP), quando um vigilante bancário, vítima do esquema criminoso, tirou a própria vida dentro da agência em que trabalhava, após sofrer intensa pressão psicológica dos criminosos. A vítima, um homem de 52 anos, havia sido enganada por um perfil falso e posteriormente extorquida por supostos agentes da lei, que exigiram valores em troca de não divulgarem o conteúdo íntimo. Minutos antes de cometer suicídio, ele realizou uma transferência bancária para os criminosos, evidenciando o impacto devastador desse tipo de crime.

Os valores obtidos no crime foram distribuídos entre integrantes do grupo e ocultados por meio de lavagem de dinheiro, dificultando o rastreamento das transações financeiras.

Os investigados responderão pelos crimes de extorsão qualificada pelo resultado morte, associação criminosa e lavagem de dinheiro cujas penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

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