Aos nove anos de idade, Marielly Hortênsia Niles venceu um câncer cerebral após um tratamento intenso e tocou o sino da cura no Hospital Santo Antônio, em Blumenau. A mãe da menina, Miriam Oliveira, conta que o sentimento ao olhar para trás é de vitória, amor e gratidão.
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Os familiares e a equipe do hospital se reuniram neste mês para celebrar o término do tratamento de Marielly. Durante a comemoração, ela foi surpreendida por uma visita do seu personagem favorito: o Stitch, da animação infantil Lilo & Stitch. A mãe relata que o momento trouxe uma sensação de alívio e conquista tanto para a menina, para a família, quanto para os profissionais de saúde que acompanharam a jornada da jovem.
“Minha filha venceu! Marielly venceu!”, celebrou nas redes sociais. “Vi minha filha lutar com todas as forças, vi a dor em seus olhos e a fragilidade do corpo, mas nunca a fraqueza da alma. Ela foi forte, corajosa e guerreira.”
Daniele Sousa é médica no Hospital Santo Antônio e diagnosticou a jovem em janeiro de 2021, quando ainda era estudante de Medicina:
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— Vê-la tocando o sino foi bem especial e ter sido chamada pela família é mais especial ainda por eles lembrarem de mim.
— A história da Marielly é marcante para mim, principalmente pelo carinho que os pais dela me trazem, pelo reconhecimento. Eu fiz somente o que deveria ter feito, mas não tem como a gente não se sentir especial e não tem como isso não nos fortalecer para replicar e poder fazer isso por outras pessoas também — finaliza a médica.
Celebrar e continuar a cuidar
Miriam, mãe de Marielly, conta que os próximos passos agora são, além de celebrar, continuar com a fisioterapia, a natação e a equoterapia. Conforme a mãe da menina explica, é preciso seguir com os cuidados porque ainda restam sequelas.
O tratamento foi feito inteiramente no Hospital Santo Antônio, desde o diagnóstico até a quimioterapia.
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— Foi tanto sofrimento que nossa esperança parecia estar se acabando — desabafa a mãe.
Veja fotos de Marilelly durante o tratamento
Diagnóstico e começo do tratamento
A médica Daniele Sousa conheceu Marielly quando fazia plantão no pronto-socorro da pediatria na época em que ainda era estudante em 2021.
— Lembro de ter chamado a ficha da ‘Mari’ e era uma ficha azul, que não demonstra muita gravidade. Mas quando vi ela vindo com a mãe, eu já percebi que tinha alguma coisa de errado.
Os sintomas iniciais que fizeram a mãe trazer a filha ao hospital sinalizaram à Daniele que a situação era mais complicada do que parecia e uma tomografia foi marcada de imediato:
— Eu estava na sala de comandos, onde a gente já consegue ver a imagem de forma simultânea, e fiquei arrasada porque no mesmo momento vi que se tratava de um tumor cerebral.
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Após a confirmação do diagnóstico, Marielly logo precisou ser internada, fazer uma cirurgia e começar o tratamento contra o câncer.
— Eu não tive mais notícias porque fui para outros estágios na faculdade, me formei, acabei trabalhando mais no pronto-socorro adulto. Em um dia, a gente se encontrou no corredor do hospital. Foi um encontro que me deixou muito feliz porque eu tinha ficado muito preocupada com a gravidade do quadro.
Miriam, a mãe da menina, relata que um dos momentos mais marcantes do tratamento foi quando precisou raspar o cabelo da filha. A família se reuniu para prestar apoio à Marielly e garantir que aquele momento, por mais que fosse difícil, ainda fosse leve e contasse com alegria.
— Os sobrinhos, irmãos e cunhado brincavam, faziam penteados com a máquina, rasparam a cabeça deles também para brincar com ela. Mas todos choramos, ninguém aguentou sem chorar — descreve a mãe.
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Para outras famílias que também batalham contra a doença, Miriam aconselha:
— Muita força, fé e perseverança. Desistir jamais. Abrace hoje porque o amanhã só a Deus pertence e só Ele sabe o dia das nossas vitórias.
Confira o momento em que Marielly tocou o sino no HSA
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*Sob supervisão de Augusto Ittner
 
				 
                                     
                            
                            





