Ricardo Hille é um jovem de 29 anos que mora em Blumenau. Formado em Sistemas de Informação, trabalha em para uma empresa de tecnologia. Nas horas de folga, porém, a rotina comum dá lugar a um passatempo que nos últimos tempos tem ganhado contornos de empreendedorismo: Ricardo gosta tanto de jogar Pokémon que passou a dar consultoria sobre o assunto.

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O desenvolvedor cresceu fissurado no universo da franquia de mídia japonesa depois de ganhar algumas cartinhas quando tinha cerca de 10 anos. A “especialidade” dele são elas, que sempre tomaram longas horas da rotina do então adolescente. O tempo foi passando, o hobby continuou na vida adulta e ele começou a participar dos torneios, ficando entre os melhores em edições regionais.

No começo do ano passado, percebeu que todo o conhecimento com as cartas poderia ajudar mais pessoas. Com o “empurrão” da companheira, tomou coragem de falar sobre o tema na internet:

— Minha esposa me dizia: “Você gosta tanto, tens uma didática tão boa, é comunicativo. Por que não ensinar outras pessoas?” — lembra.

Após a pandemia de Covid-19, os torneios voltaram com força total e com prêmios maiores em dinheiro. O resultado? Houve um crescimento de mentorias para ensinar como jogar cartas de Pokémon. Ricardo então venceu a vergonha e passou a divulgar no boca a boca e Instagram o serviço que prestaria a quem quisesse aprender ou melhorar a performance nos torneios. Em pouco tempo, os primeiros interessados surgiram.

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Atualmente, com o que ganha consegue pagar as viagens que precisam ser feitas para participar dos torneios e investir na carreira. No futuro, Ricardo se vê vivendo dos torneios e mentorias.

Um dos poucos catarinenses que fazem esse tipo de trabalho, Ricardo tem tentado transformar a paixão da infância em ofício. Como não há fronteiras na internet e existe um público considerável amante dos jogos, as chances de sucesso são altas.