Muitas pessoas que desenvolvem o transtorno depressivo maior muitas vezes não compreendem a origem de seus sentimentos . Embora alguns indivíduos tenham vivenciado traumas ou grandes fatores estressantes, uma parcela surpreendente afirma que “Tudo na minha vida está bem. Não tenho motivo para estar deprimido, mas simplesmente não me sinto mais feliz” .
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A teoria é que a depressão surge do acúmulo de pequenas coisas, muitas vezes despercebidas, que se tornam avassaladoras ao longo do tempo. Pesquisadores estudam o circuito de desistência do cérebro, que muda a mentalidade de “isso é difícil, mas vou continuar tentando” para “isso é inútil, vou desistir”.
Quando a vida parece opressora, o sistema nervoso reforça a desesperança e o desligamento. Esta constatação, no entanto, é positiva: se lidarmos com apenas alguns desses micro-hábitos, podemos remover parte do peso que alimenta a depressão e permitir que a resiliência natural do corpo e cérebro volte a funcionar.
Ignorar o positivo
Depressão não significa apenas sentir tristeza; na verdade, é uma incapacidade de sentir muita felicidade. Isso geralmente acontece porque alguém que já foi magoado prefere esperar pelo pior a torcer pelo melhor e se decepcionar novamente.
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Isso pode se traduzir em ignorar vitórias, como pensar: “claro, eu saí da cama e fui trabalhar, mas qualquer um pode fazer isso”. Também aparece ao rejeitar elogios — “Ah! Eles estão apenas sendo gentis!” — ou ao desconsiderar belezas, como imaginar que um pôr do sol lindo é “provavelmente só poluição”.
Rejeitar o positivo é uma tentativa de evitar a mágoa e anestesiar sentimentos, em vez de vivenciar alegria e tristeza plenamente.
Muitas pessoas que desenvolvem depressão são almas sensíveis que sentem cada emoção profundamente, começando inconscientemente a se anestesiar por não saber o que fazer com a dor do mundo.
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A voz da autocrítica
Outro micro-hábito prejudicial é a forma como você se trata após cometer um erro. Você se repreende por não ser perfeito. Algumas pessoas veem isso como útil, achando que o automonitoramento rigoroso motiva a ser melhor.
Contudo, a autocrítica geralmente sai pela culatra. Pesquisas indicam que, em vez de motivar a melhoria, ela alimenta a vergonha e a inação. O problema central é que, ao sentir dor, a reação alimenta mais dor, em vez de promover a cura e a autocompaixão.
Culpar as próprias emoções
Pessoas com depressão frequentemente se culpam por terem emoções. Isso soa como: “Ah! Me sinto culpado por estar deprimido. Sou fraco por ter ansiedade. Eu deveria superar isso.”
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Estes pensamentos críticos adicionam negatividade extra às emoções normais, dificultando o processamento saudável. Se este ciclo se repete, ele se acumula e pode acionar o circuito de desligamento que leva à depressão.
O isolamento como armadilha
A depressão frequentemente traz o hábito de se isolar da vida, alternando entre conexão e isolamento . O cérebro evita situações difíceis pensando que assim não se machucará. Esta evitação, contudo, alimenta a solidão e o isolamento ao longo do tempo.
A evitação se manifesta ao cancelar planos — “Eles não iam querer me ver se eu estivesse me sentindo mal!” — ou ao não entrar em contato com amigos, pensando: “Ah! Se eles se importassem, me mandariam uma mensagem primeiro”.
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Comportamentos entorpecentes
A repressão de emoções é frequentemente uma “habilidade de enfrentamento geracional” aprendida, onde se joga tudo em uma “lata de lixo mental” que precisa ser carregada. Em vez de lidar com os sentimentos, a pessoa recorre a distrações para entorpecer a dor.
Isso inclui comer quando está estressado para se sentir melhor, ou olhar o celular quando está cansado, magoado ou sobrecarregado. Pessoas com depressão ficam presas na tentativa de não se sentir mal ou na busca forçada por felicidade.
Ruminação e preocupação
O oposto do entorpecimento é a ruminação, que significa pensar demais no passado. Este hábito envolve repetir erros mentalmente, se apegar a injustiças e ficar em espiral sobre o que poderia ter sido.
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Tudo isso alimenta a depressão, mesmo que o cérebro confunda essa repetição com a resolução de problemas. Tim Ferriss, autor best-seller, descreve que o mau humor surge de “algum tipo de ruminação ansiosa, preocupação com alguma coisa”.
Negligenciar necessidades básicas
Não cuidar de necessidades fundamentais, como sono, alimentação saudável e gerenciamento do estresse, piora a depressão. Ferriss explica que, ao comprometer o sono e consumir cafeína excessiva, os sintomas de depressão/abatimento aparecem após três ou quatro dias.
Muitas vezes, as pessoas não reconhecem seus níveis de estresse até o ponto de ruptura. Médicos de pronto-socorro relatam que pacientes que chegam com ataques de pânico, pensando ser um ataque cardíaco, inicialmente negam estar estressados.
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É crucial cuidar das necessidades básicas, como exercício e sono, para compensar o impacto que o estresse crônico causa na mente e no corpo.
Combatendo os micro-hábitos
Estes micro-hábitos, quando acumulados, tornam-se pesados e podem desencadear o transtorno depressivo. Ao conseguir reconhecê-los, você ganha a capacidade de combatê-los. Por exemplo, se estiver se sentindo solitário, procure oportunidades para se reconectar em vez de se afastar.
Essas micro-respostas fazem a diferença entre resiliência e depressão. Ao começar a combatê-las, uma de cada vez, o equilíbrio do seu sistema nervoso pode mudar de sobrecarregado e entorpecido para se sentir no controle da vida, mais vivo e motivado.
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