Após o escândalo envolvendo uma criptomoeda que gerou uma crise política na Argentina, o presidente do país Jair Milei disse, em entrevistas a jornais locais, que não promoveu a criptomoeda $LIBRA, mas sim espalhou, o que não seria “a mesma coisa”. Na última sexta-feira (14), Milei fez uma publicação em uma rede social divulgando a moeda digital, afirmando que o ativo iria incentivar o crescimento do país. As informações são da BBC e do g1.

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Na publicação, Milei deixou um link para quem quisesse investir na nova moeda. A descrição dizia que “a Argentina Liberal cresce. Este projeto privado se dedicará a incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos. O mundo quer investir na Argentina”.

Para Milei, “aqueles que participaram o fizeram voluntariamente. É um problema entre particulares, porque o Estado não tem nenhum papel aqui”. A declaração acontece após milhares de investidores divulgarem que apostaram na moeda e perderam o dinheiro aplicado. Um dos afetados, por exemplo, disse que perdeu R$ 5,7 milhões.

Isto porque, com o anuncio de Milei, a criptomoeda aumentou 20 vezes o valor de mercado e, com isso, os desenvolvedores começaram a vender os ativos. Algumas horas depois, Milei deletou a publicação e disse, em um novo post, que “não conhecia os detalhes do projeto e após me inteirar decidi não continuar divulgando (por isso apaguei o tweet)”.

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Agora, Milei disse que quem participa desse tipo de negócio está ciente da volatibilidade. “Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação se você sabe que o cassino tem essas características?”, afirmou em entrevista ao canal local TN.

O presidente argentino destacou que achava que “era uma ferramenta interessante para ajudar pessoas que, de outra forma, não teriam acesso ao crédito”, mas que “por tentar dar uma mão para esses argentinos, tomei um tapa”.

Milei ainda duvidou dos números de pessoas atingidas pela perda de dinheiro na criptomoeda. “O Estado perdeu dinheiro? Nada. Os argentinos perderam dinheiro? Tenho sérias dúvidas, não acredito que sejam mais de cinco argentinos”, disse.

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