Áudios enviados pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, revelados pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (21), mostram a afirmação do profissional sobre o direcionamento de verbas do Ministério da Educação (MEC) a prefeitos indicados pelo pastor Gilmar. A atitude, conforme Ribeiro, é pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina no WhatsApp
– Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar [Silva dos Santos].
– A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam, e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar – diz o ministro em reunião com prefeitos.
Durante o encontro, Ribeiro fala sobre as verbas do Ministério da Educação, cortes no orçamento e liberação de recursos para obras por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo a Folha, reuniões são facilitadas por meio de pastores próximos a Milton em restaurantes ou hotéis de Brasília.
Continua depois da publicidade
Os pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da CGADB, não têm cargo público no ministério, mas participam de agendas com o ministro Milton Ribeiro frequentemente.
O Ministério Público (MP) solicitou que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue suposta priorização de lideranças evangélicas para agendas e recursos do MEC.
O grupo atuaria com a facilitação de acesso ao titular da pasta e direcionamento de recursos para políticas públicas. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, os dois trazem prefeitos à Brasília e também acompanham viagens de Milton Ribeiro, que também é pastor.
Leia mais:
Brasil começa a indicar 4ª dose de vacina contra Covid-19
Multinacional cobra privatização e ameaça deixar a Celesc
Governo de SC explica promoção de secretário de Saúde do caso dos respiradores