O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter o acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid. A informação foi repassada pela defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, segundo O Globo. Cid prestou depoimento a Moraes na tarde desta quinta-feira (21).

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A decisão foi tomada logo após o depoimento. A Polícia Federal (PF) havia pedido, em um relatório, pelo cancelamento do acordo, por ter identificado contradições e omissões do militar, o que feria cláusulas do acordo.

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O STF considerou que Cid esclareceu as contradições. Fontes ouvidas pela Globonews, Cid deu mais detalhes sobre a participação do general Braga Neto no esquema, durante o depoimento de cerca de duas horas.

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Cezar Bittencourt, advogado de defesa de Cid, disse na porta do STF a jornalistas que sobre o plano do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, “não há nada”. Segundo ele, o ex-ajudante de ordens “complementou” informações já dadas à investigação.

Com o acordo de delação premiada mantido, as medidas cautelares também se mantém, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados. Um dos pedidos do tenente-coronel ao assinar o acordo era de que a esposa dele e o pai não fossem punidos. Há indícios que eles estariam envolvidos no esquema de venda de joias.

Cid foi preso inicialmente em setembro de 2023. Cerca de seis meses depois, em maio, firmou acordo de delação premiada. Nesta quinta (21), ele foi indiciado pela PF na investigação que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

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