O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu a data em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus da ação penal que investiga o caso da trama golpista serão ouvidos. Os interrogatórios terão início a partir da próxima segunda-feira (9) às 14h. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
O interrogatório irá acontecer de forma presencial, na sala de audiências da 1ª Turma do STF. Somente o ex-ministro Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro, falará por videoconferência. Moraes é o relator do processo.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou uma delação premiada no inquérito será o primeiro a ser ouvido. Depois dele, os outro sete réus do “núcleo crucial” do golpe, ou “Núcleo 1”, serão ouvidos em ordem alfabética. São eles:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Depoimentos
A data foi definida após Moraes encerrar nesta segunda-feira (2) a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa. Desde o dia 19 de maio foram ouvidas 52 testemunhas listadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que faz a acusação, e pelas defesas dos acusados.
Continua depois da publicidade
O julgamento deve decidir pela condenação ou não do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A expectativa é que o resultado do julgamento saia ainda nesse ano. Caso sejam condenados, as penas passam de 30 anos de prisão.
Leia também
Caso Seif seja cassado, Bolsonaro quer o filho Carlos como candidato em SC, diz deputada
Tarcísio depõe ao STF e nega intenção golpista de Bolsonaro em 2022: “Nunca veio à pauta”