Cinco meses após o desaparecimento e a morte de Adalberto Amarílio Júnior, de 36 anos, o caso continua sem solução. O empresário foi encontrado morto no dia 3 de junho dentro de um buraco de três metros de profundidade, em uma área em obras do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo.

Continua depois da publicidade

A investigação é conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ainda tenta identificar quem matou o empresário e por qual motivo. A principal linha de apuração é a de que Adalberto tenha se envolvido em uma briga dentro do autódromo, possivelmente com seguranças, mas nenhum suspeito foi indiciado até o momento.

Ao NSC Total, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo afirmou que o caso segue em investigação, mas sem novas informações.

Relembre o caso do empresário encontrado morto

Desaparecimento durante festival de motociclismo

O empresário desapareceu em 30 de maio de 2025, após participar de um festival de motociclismo que reuniu milhares de pessoas em Interlagos. Dono de uma rede de óticas, ele publicou vídeos e fotos do evento nas redes sociais e não foi mais visto depois disso.

O carro dele foi localizado no estacionamento do autódromo, e câmeras de segurança registraram Adalberto caminhando pelo local. As imagens, no entanto, não mostram o momento em que ele deixou o evento, nem qualquer tipo de discussão.

Continua depois da publicidade

Três dias depois, em 3 de junho, trabalhadores encontraram o corpo em uma vala com cerca de 3 metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro. Sobre ele, estava o capacete que o empresário usava, mas sem a câmera que costumava usar para filmar as atividades de motociclismo.

Morte por asfixia e indícios de agressão

O laudo da Polícia Técnico-Científica concluiu que Adalberto morreu por asfixia, mas ainda não foi possível determinar se a causa foi esganadura ou compressão torácica. Escoriações no pescoço e nos joelhos indicam que ele pode ter sido agredido antes de ser colocado no buraco.

Os peritos também descartaram indícios de violência sexual. A análise aponta que a morte foi “lenta e agonizante”, o que reforça a hipótese de que o empresário tenha desmaiado tentando respirar.

Seguranças e empresas investigadas

Duas empresas de segurança que atuaram no evento são alvos da investigação. A polícia apreendeu celulares e computadores de seguranças e coordenadores das duas empresas. Um deles, praticante de jiu-jítsu, chegou a ser preso por posse ilegal de munições, mas foi liberado após pagar fiança. Porém, nenhum funcionário foi formalmente acusado de envolvimento no homicídio.

Continua depois da publicidade

Além dos seguranças, a polícia também analisa se vendedores ou frequentadores do evento podem ter participado da agressão. Mais de 15 pessoas já foram ouvidas, incluindo familiares, amigos e representantes das empresas envolvidas.

*Com informações do g1 e da CNN Brasil