A Polícia Civil identificou o suspeito de matar o empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 36 anos, encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, no dia 3 de junho. Ele foi alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (18) e levado para a delegacia para prestar depoimento. Segundo apuração da Folha de S. Paulo, o homem chegou a ser preso ainda nesta sexta, por estar em posse de munições, mas pagou a fiança e foi solto.
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Segundo a polícia, ele é um dos seguranças que trabalhou no festival de motos do qual o Adalberto participou, no dia 30 de maio, quando foi visto pela última vez. O suspeito tem 45 anos e é lutador de jiu-jitsu, além de ter antecedentes criminais por furto e ameaça.
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do suspeito, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Os investigadores apreenderam cinco notebooks e sete celulares, além de 21 munições de calibre 38. Além do lutador de jiu-jitsu, três pessoas — um representante da empresa e mais dois seguranças — também foram conduzidos para delegacia para prestar novos depoimentos. Eles ficaram silêncio a pedido dos advogados da companhia.
A principal linha de investigação continua concentrada em seguranças que trabalharam no evento em Interlagos.
A polícia chegou ao suspeito detido nesta sexta-feira após depoimentos de outros seguranças, que mencionaram o nome dele durante a conversa com policiais. O que chamou a atenção dos investigadores foi o fato de o nome dele não constar em uma lista enviada pela empresa com as pessoas que trabalharam no evento.
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O lutador de jiu-jitsu era supervisor justamente da área que Adalberto teria tentado acessar para pegar o carro no estacionamento do autódromo, disse à Folha a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo.
O delegado Rogério Thomaz, que coordena a apuração, informou que equipes vão analisar os objetos apreendidos em busca de subsídios para possíveis pedidos de prisões.
Veja as fotos do empresário
Relembre o crime
A última comunicação de Adalberto com a esposa ocorreu por volta das 19h40min do dia 30 de maio. Um amigo do empresário, que o acompanhava durante o evento, diz ter o visto pela última vez por volta das 21h15min, minutos antes da vítima se dirigir ao estacionamento para buscar o carro.
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O corpo foi encontrado no dia 3 de junho dentro de um buraco de obra, com aproximadamente 2 a 3 metros de profundidade e 40 centímetros de diâmetro. Adalberto estava com capacete, celular e carteira, mas sem a câmera GoPro, que estava acoplada ao capacete.
De acordo com o laudo pericial, o empresário teve uma morte violenta por asfixia e não foram encontradas lesões traumáticas nem indícios de violência sexual. Ainda segundo os testes, os joelhos de Adalberto foram feridos quando ele estava vivo, o que sugere, de acordo com a investigação, que a vítima pode ter sido obrigada a se ajoelhar ou foi arrastada.
Uma das hipóteses investigadas pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) é a de que Adalberto, que deixou o carro em área proibida do kartódromo, anexo ao autódromo, pode ter passado pelas interdições feitas devido à obra e alguém pode ter chamado a atenção dele e se desentendido com o empresário.
*Com informações da Folha de S.Paulo, da CNN e do g1.
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