O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou, nesta segunda-feira (30), a prisão preventiva do suspeito de abusar a cachorra Nina em Joinville. O homem havia sido preso em flagrante dois dias após o crime, na sexta-feira (27), mas teve liberação por um juiz plantonista durante o fim de semana.

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De acordo com o MPSC, o suspeito foi liberado sem a realização de audiência de custódia e a manifestação do órgão sobre o caso. A promotora de Justiça, Simone Cristina Schultz, afirma que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

— A permanência em liberdade do acusado abala junto à comunidade a credibilidade da Justiça, principalmente com protetores e ativistas animais e ambientais, público tão carente de uma repressão estatal condizente com a relevância das causas que defendem — afirmou a promotora.

Relembre o caso

O caso, que ocorreu em Joinville, veio à tona na noite de quinta-feira (26). Um vídeo que mostra o momento do abuso sexual contra uma cachorra foi divulgado nas redes sociais. O suspeito foi detido e levado até a Delegacia de Polícia na tarde de sexta-feira (27).

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O crime teria ocorrido na noite de quarta-feira (25), na rua Florianópolis. Um homem teria deitado com um cobertor e caixas de papelão no chão de um restaurante, pegado a cachorra e cometido o estupro, segundo imagens compartilhadas pela Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada).

Segundo a entidade, policiais militares chegaram a ir até o local do crime na quinta-feira (26), mas não encontraram o suspeito. Durante a sexta-feira, por volta das 13h, o homem foi encontrado na esquina da avenida Dr. Albano Schulz com a rua Princesa Isabel, no Centro da cidade, por agentes da Guarda Municipal.

O suspeito tem 56 anos, é natural do Sul do estado e afirmou ser uma pessoa em situação de rua. De acordo com a delegada Tânia Harada, responsável pela Delegacia de Proteção Animal, o homem assumiu o ato e revelou que escolheu um animal de forma aleatória.

A Polícia Civil ainda constatou que ele já teve envolvimento com outras práticas criminosas e cumpria prisão em regime de albergue/domiciliar. De acordo com o MPSC, pelo fato de não ter uma residência fixa, um processo contra ele já foi suspenso por ausência de localização.

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Ainda segundo a delegada, durante a autuação em flagrante já havia sido solicitado um pedido de prisão preventiva, que não foi aceito pelo judiciário.

— Ao deixá-lo em liberdade, certamente continuará a viver nas ruas, o que não impede que volte a abusar sexualmente de outro animal em situação de abandono ou até mesmo de crianças e mulheres — alerta a promotora Simone Cristina Schultz.

O que aconteceu com cachorra que foi abusada

A cachorra caramelo que foi abusada foi encontrada e resgatada em Joinville. O animal foi batizado de Nina e, agora, passa por avaliação veterinária antes de ser encaminhada à adoção.

Nina foi resgatada pela Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada). Segundo a entidade, a cadela não está machucada, passou por exame de ultrassom e também deve ter sangue coletado para verificar possíveis doenças. Depois de toda a avaliação, ela será doada. Interessados, devem entrar em contato com a instituição.

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