A carne vermelha está entre as favoritas no prato dos brasileiros, muito por conta do seu teor de proteínas. Porém, alguns cortes acabam chamando mais atenção que outros.

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Um exemplo de divisão é a língua de boi: há quem defenda e há quem rejeite. Mas será que esse corte, visto como secundário, realmente vale espaço na alimentação?

Como é a língua bovina e de que formas pode ser feita

A língua de boi é um corte que sofre preconceito, mas quem consome garante que tem sabor especial e maciez diferenciada. Além disso, é uma carne carregada de nutrientes úteis para a saúde.

Esse corte, também chamado de língua de vaca, pode ser usado em diferentes pratos: em cozidos, servido inteiro, cortado em fatias ou desfiado para rechear pães, tacos e sanduíches.

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O processo geralmente começa com a limpeza da língua, seguida do cozimento em água com temperos como cebola, alho e louro, até que amoleça bem.

Depois da fervura inicial, retira-se a pele de fora e a carne retorna ao fogo, ficando ainda mais macia e fácil de desfiar.

Outra receita popular é a língua ao molho vermelho, que leva cebola, alho, tomate, orégano, tomilho e sal. Após cozinhar, corta-se em rodelas e refoga-se em molho de tomate, pimentão e cebola, finalizando com salsinha fresca.

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Benefícios da língua bovina para o organismo

Segundo o Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha, a língua bovina não é tão consumida por ser considerada víscera.

Mesmo assim, alguns restaurantes passaram a investir no corte, criando pratos elaborados e mostrando suas qualidades nutricionais.

Especialistas explicam que a língua de boi contém uma boa quantidade de proteínas e gorduras, podendo ser até mais nutritiva que muitos bifes convencionais.

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Ela é ainda rica em proteínas completas, ferro, fósforo, vitamina B12 e riboflavina, nutrientes indispensáveis para o corpo.

Grande parte da composição da língua é água, representando quase 70% do peso, informação que nem sempre aparece nas tabelas de nutrição.

Outro ponto relevante é que oferece proteínas de alto valor biológico, com todos os aminoácidos essenciais que o organismo não consegue produzir sozinho.

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A gordura presente é dividida de forma equilibrada entre saturada e monoinsaturada. Quanto ao colesterol, os níveis ficam em posição intermediária entre os encontrados no frango e na carne bovina comum.

Propriedades nutricionais e formas de preparo

A energia da língua vem basicamente das proteínas e das gorduras, já que não possui carboidratos. Também traz minerais como ferro, magnésio, fósforo, zinco, potássio e selênio.

Além disso, fornece boas quantidades de vitaminas do complexo B — B1, B2, B3, B6 e B12. Em menores níveis, há ácido fólico, vitamina C (que se perde em parte no cozimento), vitamina E e traços de A e D.

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Um artigo publicado no Journal of Food Composition and Analysis destacou que “a língua de boi tem potencial para se tornar um produto de alta qualidade e melhorar o consumo de proteínas, gorduras e nutrientes”.

Porém, os autores alertam que “apesar de seu potencial como carne nutritiva e acessível, poucas pesquisas foram realizadas para avaliar a composição físico-química da língua bovina”.

É importante lembrar que o método de preparo interfere no valor nutricional. Cozinhar com legumes ou em caldos é mais saudável que fritar em óleo, que adiciona calorias e gordura extra.

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Mesmo sendo nutritiva, a língua bovina deve ser consumida com cuidado, pois pode concentrar calorias, colesterol e gorduras saturadas dependendo da receita. O ideal é manter equilíbrio na dieta.

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