Uma mulher foi impedida de entrar no Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, para esperar pelo ônibus durante a madrugada. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela aparece discutindo com seguranças do local. As imagens começaram a circular nas redes sociais na segunda-feira (17). As informações são da NSC TV.

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Nas imagens, a mulher aparece justificando que planejou comprar a passagem naquele momento. Ela fala para os seguranças que já fez isso antes e que nunca encontrou problemas nas últimas vezes.

— Não existe nenhuma rodoviária no Brasil que negue a entrada das pessoas na rodoviária. Eu fiz um planejamento para vir neste horário, vim agora para comprar minha passagem, para comer. E aí eu não posso entrar? Eu já fiz isso antes — fala ela no vídeo.

Os seguranças então explicam que ela só poderia entrar com passagem em mãos. Eles falam que apenas “clientes” poderiam acessar o ambiente. Após cobranças da mulher, um dos seguranças faz uma referência à gestão municipal.

— Você tem que ver isso aí com o prefeito — diz um segurança.

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A fala remete ao vídeo publicado pelo prefeito Topázio Neto (PSD) em suas redes sociais, no começo deste mês. No vídeo, Topázio explica as novas diretrizes da rodoviária, afirmando que “se alguma cidade mandar para cá, nós vamos impedir, sim”.

O que diz a Prefeitura de Florianópolis?

Questionada pela reportagem da NSC TV, a Prefeitura de Florianópolis afirmou que o Terminal Rodoviário Rita Maria é administrado por uma empresa privada, e que o município não tem jurisdição sobre o edifício.

O que diz o Governo do Estado?

Já o Governo do Estado de Santa Catarina afirmou que costumava administrar o local até uma empresa assumir. Segundo a Secretaria da Infraestrutura e Mobilidade (SIE), o Terminal Rita Maria está concessionado, portanto quem define as regras de funcionamento é a empresa que administra o local”.

Além disso, o Estado disse estar ciente de que no período de 0h às 5h a entrada está restrita aos passageiros que irão embarcar por questão de segurança. A pasta afirmou que isso ocorre por uma “questão de segurança”, e que a norma não guarda qualquer relação com fatos recentes.

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*Sob supervisão de Raquel Vieira