Adriana Teixeira Fernandes, nascida no dia 26 de março de 1974, em Tubarão, no Sul de Santa Catarina, reúne curiosidades em volta do seu nome. Ela nasceu em uma semana marcada pela trágica enchente que atingiu a cidade, entre 22 e 27 de março daquele ano. Com isso, a avó dela sugeriu que ela se chamasse Enchentina, para relembrar a data.
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— Minha mãe escolheu meu nome, Adriana. Porém, minha avó paterna, queria que me chamasse Enchentina, por eu ter nascido bem na época da enchente. Minha mãe jamais iria colocar esse nome — ressalta Adriana.
Mas apesar da história e curiosidades em volta do nome da tubaronense, seus primeiros dias de vida foram difíceis. Uma das lembranças de sua mãe é que no momento do seu parto no Hospital Nossa Senhora da Conceição, a unidade estava sem energia, devido ao colapso estrutural registrado na região.
— Ela conta também que outra gestante estava no local e seu bebê veio a falecer por falta de oxigênio. Já meu pai, sempre muito orgulhoso, comenta que foi nos visitar a nado com algumas maçãs na mão — conta.
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Adriana ainda relata que seus aniversários, ano após ano, foram marcados por rodas de conversas relembrando os eventos naturais de 1974. Mas apesar dos traumas causados, atualmente ela e seus familiares ainda seguem na cidade e relembram histórias do passado.
A enchente de 1974
O desastre natural começou após fortes chuvas na Serra Geral, que iniciaram no dia 22 de março de 1974, elevando os níveis dos rios da região. O Rio Tubarão passou por assoreamento e a interferência das marés dificultou o escoamento da água. Nos dias seguintes, com a chuva permanecendo na região, alguns bairros ficaram submersos, com pontos com mais de um metro de altura.
Dos 70 mil habitantes da cidade na época, 60 mil ficaram desabrigados. Dados oficiais da prefeitura municipal apontam 199 mortes decorrentes da tragédia. A cidade teve ruas, casas e estruturas comerciais completamente destruídas.
Tudo chegou ao fim no dia 27, quando a chuva deu trégua e o que restou foram camadas de lama por todos os cantos da cidade. Na área central da cidade, na Praça Orlando Fracalacci, foi construído um monumento em homenagem às vítimas.
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Fotos mostram destruição da enchente de 1974
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