Uma notícia falsa sobre uma pichação envolvendo um pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) gerou revolta na instituição. Nesta quinta-feira (15), a Administração Central chegou a emitir uma nota em que denuncia o “uso indevido da imagem” tanto da universidade, quanto de um professor. 

Continua depois da publicidade

O caso envolveu injustamente Ándré Báfica, formado em Medicina e doutor em Patologia Humana. Ele se dedica à pesquisa sobre imunização contra a Covid-19 e nada tem a ver com um vídeo que circula nas redes sociais e que expõe um professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

> Receba notícias de Florianópolis por WhatsApp. Clique aqui e saiba como

Nas redes sociais circulam vídeos de uma pessoa flagrada na noite de terça-feira (13) pichando um espaço privado em Florianópolis com inscrições contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em um dos vídeos havia a falsa informação de que se tratava de professor aposentado da UFSC. A mensagem contendo essa fake news circulou em grupos de WhatsApp e foi checada pelo Diário Catarinense.

Em nota, a UFSC diz se juntar ao professor Báfica nas ações de busca por justa reparação. A universidade promete, também, recorrer aos meios para a responsabilização de quem praticou atos que podem “levar a incalculáveis prejuízos, inclusive junto a órgãos e entidades científicas parceiras da instituição na busca por soluções sérias e responsáveis no combate à pandemia”.

Continua depois da publicidade

> Leia também: Médicos de SC receitam nebulização com hidroxicloroquina para tratar Covid-19

O assunto causou indignação na universidade. O professor Áureo Mafra de Moraes, chefe de Gabinete da Reitoria, usou de sua rede social para lamentar o que chamou de “absurdo contra a universidade”. Moraes também lamentou o fato do uso do nome de um professor.

— É leviano e injusto querer se apropriar de uma imagem feita em uma cerca de propriedade privada atribuindo tal ação a um professor da UFSC que nenhuma ligação tem com o fato. Não disseminar fake news, ouvir fontes e buscar a imparcialidade são premissas do jornalismo. A pichação não resultou em Boletim de Ocorrência. Houve um acordo entre o aposentado e o operacional da equipe de segurança da propriedade: em vez de ir para a delegacia o homem teria que apagar as palavras, o que foi feito na presença dos homens da segurança do local.

Relembre

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) afirmou nesta quinta-feira (14) que não possui nenhum vínculo com o professor que supostamente teria sido flagrado pichando críticas ao presidente Jair Bolsonaro em uma construção em Florianópolis.

Em um vídeo que circula nas redes sociais o homem diz ser professor aposentado da UFPR (Universidade Federal do Paraná). No entanto, nas redes sociais diversos perfis compartilharam o caso citando a UFSC e criticando a conduta. Uma mensagem que circula no WhatsApp também relaciona o vídeo à UFSC.

Continua depois da publicidade