Em plena luz do dia, uma jornalista e influenciadora foi assediada em uma praia de Santa Catarina. Renata Seliprim estava na Praia Grande, em São Francisco do Sul, quando se deparou com um homem nu andando em sua direção. No momento, ela estava acompanhada de suas cachorras, em uma manhã de passeio rotineiro na orla. O caso aconteceu na sexta-feira (21) às 10h30.

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— Estava tomando banho de sol com minhas duas cachorras, notei uma cabeça aparecendo e desaparecendo na restinga. Desconfiei que era um homem, me abaixei para guardar minhas coisas e ir embora — conta Renata ao NSC Total.

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Enquanto se preparava para ir embora, uma das cachorras de Renata, a vira-lata caramelo Mel, começou a latir bastante.

— Foi quando eu levantei a cabeça e vi ele nu, vindo na minha direção. Quando minha cachorra latiu, ele parou. Consegui subir correndo e entrar no carro com minhas cachorras, quando olhei pro lado ele estava colocando a bermuda e entrando no carro dele — relata.

Nesse momento, a comunicadora conseguiu arrancar com o carro, mas percebeu que estava sendo seguida pelo homem.

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— Ele veio atrás de mim, consegui anotar a placa e ligar para a polícia. Depois ele entrou em uma rua lateral e perdi ele de vista — relembra.

Renata registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar de Santa Catarina. A corporação registrou o caso como importunação sexual. Até esta sexta-feira (28), a influenciadora não foi informada se o homem foi identificado.

“Problema grave da nossa sociedade”

Renata conta que naquele dia estava tomando sol na praia, usando um biquíni, e que depois do acontecimento se sentiu culpada.

— Me senti envergonhada, mas a culpa não é minha, nunca é da vítima. Resolvi compartilhar para alertar outras mulheres que gostam de tomar sol, caminhar ou correr na mesma região onde eu sempre ia. E várias me relataram que já sofreram assédio naquele local — afirma.

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A jornalista afirma que o assédio e a violência sexual são um “problema grave da nossa sociedade” e, em uma publicação nas redes sociais, ainda lembrou a trágica morte de Catarina Kasten, que aconteceu em uma trilha de acesso à Praia da Armação, em Florianópolis.

— A gente não tem culpa. A Catarina não foi morta numa trilha, ela foi morta num trecho de acesso à praia, onde muita gente passa. Eu não fui assediada num local deserto, eu fui assediada às 10 horas da manhã em plena luz do dia. Com muitos carros passando. Não tem hora, não tem lugar — diz.

Renata ainda afirmou que só não aconteceu algo pior com ela porque sua cachorra, Mel, é super protetora.

— A Mel não deixa nenhum homem se aproximar de mim. Ela late e o latido dela é alto e forte — conta.