O nome de Eloá Cristina Pimentel voltou as manchetes 17 anos depois do crime que chocou o Brasil, com o lançamento de um documentário na Netflix. A adolescente de 15 anos, mantida refém e morta pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes em 2008, teve os órgãos doados e ajudou a salvar cinco pessoas. Uma delas foi Maria Augusta dos Anjos, que recebeu o coração da jovem.

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O caso voltou a ser lembrado após a estreia do documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo. A produção traz o episódio ocorrido em outubro de 2008, quando a jovem foi mantida em cárcere privado em Santo André, por cinco dias.

O sequestro teve ampla cobertura da imprensa, com transmissões ao vivo. O desfecho, no entanto, foi trágico: Eloá morreu após ser baleada na cabeça.

O que aconteceu com mulher que recebeu coração de Eloá

No dia em que completou 39 anos, Maria Augusta dos Anjos recebeu uma ligação que mudou a vida dela. A mulher costumava dizer que havia pedido um novo coração de presente a Deus, um pedido que, segundo a família, se cumpriu no dia do transplante.

Após dois anos na fila de espera, Maria foi a paciente escolhida para receber o coração de Eloá. Diagnosticada com uma má-formação cardíaca desde o nascimento, ela já não podia realizar tarefas simples, como varrer a casa ou caminhar sozinha.

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Quando foi chamada ao hospital, havia cinco pacientes gravíssimos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à espera da mesma cirurgia. Porém, nenhum deles era compatível com o coração de Eloá.

Mais de uma década depois, em 5 de maio de 2021, Maria Augusta morreu aos 51 anos, vítima da Covid-19. Internada no Hospital Santa Terezinha, em Parauapebas, no Pará, ela apresentava cerca de 75% dos pulmões comprometidos.

A família chegou a organizar uma campanha virtual para arrecadar recursos para o tratamento, mas ela não resistiu.

Ao todo, cinco pessoas receberam sete órgãos de Eloá, sendo o coração, os dois pulmões, o fígado, o pâncreas e os rins.

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*As informações são de O Globo e Estadão.