Caminhar pelas ruas desertas de Hashima hoje evoca uma sensação de filme pós-apocalíptico. Em 1974, o local foi evacuado tão rapidamente que o silêncio tomou conta de prédios que antes pulsavam com cinco mil moradores.
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Anos antes, em 1959, aquele pequeno rochedo representava o auge da densidade demográfica global. Entretanto, o brilho dessa “cidade flutuante” apagou-se de forma abrupta, deixando para trás apenas memórias e concreto.
O despertar da riqueza submarina
A história da ilha mudou radicalmente no final do século 19 com a descoberta de depósitos de carvão.
Logo, a Mitsubishi comprou o território e instalou uma operação tecnológica para minerar abaixo do leito oceânico.
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Essa atividade transformou a geografia da região de maneira permanente.
A fortaleza urbana no oceano
Para abrigar a massa de trabalhadores, surgiu uma infraestrutura urbana completa e compacta.
O agrupamento de prédios cinzentos criou uma silhueta tão imponente que o lugar foi apelidado de Ilha do Encouraçado.
Além disso, a vida acontecia em blocos residenciais que pareciam fortalezas contra a fúria das ondas.
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Sombras de um passado de dor
A prosperidade industrial escondia um lado obscuro relacionado ao período da Segunda Guerra Mundial. Diversos prisioneiros coreanos e chineses foram submetidos a trabalhos forçados naquele ambiente claustrofóbico.
As condições eram tão severas que as vítimas chamavam o lugar de Ilha do Inferno.
A rotina envolvia riscos constantes e uma separação rígida entre os privilégios dos veteranos e o perigo dos novatos.
O declínio e o turismo restrito
O declínio começou quando o petróleo substituiu o carvão como principal fonte de energia. Por conta disso, a Mitsubishi encerrou as minas em 1974, causando uma fuga em massa da população local.
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Hoje, a força do mar e o salitre corroem o que sobrou das estruturas históricas. Por segurança, os turistas podem explorar somente uma pequena fração dessas ruínas fascinantes e perigosas.
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