A ex-BBB e influencer Adriana Sant’Anna revelou nas redes sociais que tem intolerância à histamina. A condição não é muito conhecida, mas trata-se de um problema que pode causar fortes alergias no corpo e no rosto da pessoas.
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O médico endocrinologista e nutricionista esportivo Vinicius Guedes Bonisson, explica em seu canal no YouTube sobre a intolerância à histamina, deixando claro a diferença dessa condição para alergias e associando-a a desequilíbrios intestinais.
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O que é intolerância à histamina e como ela se difere de uma alergia alimentar?
Segundo o médico Bonisson, a intolerância à histamina não é uma alergia, mas sim um desequilíbrio no corpo causado pelo acúmulo de histamina devido a uma capacidade reduzida de degradá-la.
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A histamina é um neurotransmissor importante com diversas funções no corpo. O problema surge quando há um excesso de histamina, seja por ingestão elevada ou por deficiência nas enzimas responsáveis pela sua metabolização.
Diferentemente de uma alergia alimentar, a intolerância à histamina não envolve uma reação do sistema imunológico mediada por imunoglobulinas (IgE) ou células específicas. Em vez disso, é uma resposta a um acúmulo excessivo de uma substância que o corpo não consegue processar eficientemente.
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Quais são os principais sintomas associados à intolerância à histamina?
Os sintomas da intolerância à histamina podem ser variados e são muito parecidos com os de uma alergia.
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Alguns dos sintomas mais comuns incluem palpitações e arritmias cardíacas, coriza, dor de cabeça, espirros, tosse (especialmente após o consumo de vinho tinto), zumbido no ouvido, reações cutâneas, dores musculares, oscilação da pressão arterial, distúrbios gastrointestinais (como diarreia imediata após o consumo de certos alimentos), apneia obstrutiva do sono, fibromialgia e sintomas relacionados à TPM.
A presença de múltiplos sintomas, especialmente palpitações e sintomas de TPM, pode ser um indicativo de intolerância à histamina.
Como é feito o diagnóstico da intolerância à histamina?
O diagnóstico da intolerância à histamina ainda é considerado controverso. Uma pista importante é a presença de sintomas sugestivos em conjunto com testes de alergia alimentar (IgE e IgG) normais.
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Um exame útil é a dosagem de histamina nas fezes. Testes terapêuticos, como a redução de alimentos ricos em histamina da dieta para observar a melhora dos sintomas, também são valiosos.
Quais são as abordagens de tratamento para a intolerância à histamina?
O tratamento da intolerância à histamina é multifatorial. Uma abordagem inicial eficaz é a redução da ingestão de alimentos ricos em histamina, com foco naqueles que parecem desencadear os sintomas.
Em alguns casos, o uso de anti-histamínicos pode ser considerado, mas com cautela devido ao potencial efeito rebote. É importante lembrar que a intolerância à histamina pode ser tanto causa quanto consequência da disbiose, sendo fundamental abordar ambas as condições.
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Tipos de alimentos que são geralmente ricos em histamina
Alimentos que passam por processos de fermentação ou maturação tendem a ser ricos em histamina. Alguns exemplos incluem queijos curados, peixes (especialmente os mais velhos ou mal conservados), bebidas alcoólicas fermentadas (como cerveja artesanal e vinho tinto), carnes processadas (como presuntos condimentados), e certas frutas (como morango, tomate e abacate).
Alimentos ricos no aminoácido histidina, que pode ser convertido em histamina no organismo, também podem ser problemáticos. É importante notar que a tolerância aos alimentos pode variar de pessoa para pessoa, e uma abordagem gradual de exclusão e reintrodução, com atenção aos sintomas, é recomendada para identificar os gatilhos individuais.
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