O Mounjaro, remédio para tratar a diabetes, será lançado no Brasil no dia 7 de junho pela farmacêutica Eli Lily. O medicamento tem a tirzepatida como princípio ativo e foi apontado por um estudo como 47% mais eficaz para o emagrecimento que o Ozempic, também usado para o tratamento do diabetes tipo 2. As informações são do O Globo. 

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O estudo comparou a perda de peso entre a tirzepatida, princípio ativo dos remédios Mounjaro e Zepbound, e a semaglutida, do Ozempic e do Wegovy. Os resultados mostraram que a tirzepatida levou a uma redução 47% maior do número na balança.

As substâncias tiveram uma explosão de venda no mundo inteiro pela eficácia inédita no tratamento da obesidade. A mais conhecida é a semaglutida, da Novo Nordisk, que é vendida com indicação para diabetes tipo 2 pelo nome de Ozempic e, em uma dosagem maior, com o nome de Wegovy para obesidade. Ambos são aprovados pela Anvisa no Brasil.

O Mounjaro foi lançado tempo depois pela farmacêutica Eli Lilly também como um tratamento para a diabetes. Rapidamente, o medicamento começou a ser usado de forma off-label (finalidade diferente da bula) para o emagrecimento.

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Como foi feita a pesquisa? 

O estudo, feito pela Eli Lilly, recrutou 751 participantes dos EUA e de Porto Rico que tinham obesidade ou sobrepeso junto a uma comorbidade como hipertensão, dislipidemia, apneia do sono ou doença cardiovascular.

Os voluntários foram divididos em dois grupos: um recebeu a dose máxima tolerada da tirzepatida (10 miligramas ou 15 miligramas), e o outro a maior da semaglutida (1,7  miligramas ou 2,4  miligramas). Eles foram acompanhados ao longo de 72 semanas, cerca de um ano e meio.

Ao fim, os resultados mostraram que o grupo que recebeu a substância do Mounjaro registrou uma diminuição de, em média, 20,2% do peso corporal. Já o que realizou o tratamento com o princípio ativo do Wegovy e do Ozempic perdeu 13,7% do peso. 

Os resultados dos estudos mostram que 31,6% dos participantes do primeiro grupo, quase um em cada três, conseguiram eliminar pelo menos 25% do peso. O feito foi alcançado por 16,1% daqueles no grupo da semaglutida, menos de 1 em cada 5.

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Os participantes da pesquisa relataram reações gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreias, porém na maioria dos casos de forma leve a moderada.

“Temos mais de um bilhão de pessoas que vivem com obesidade no mundo e, no Brasil, um em cada quatro adultos têm obesidade. Essa doença crônica é um grande desafio de saúde pública — temos estudos que mostram mais de 200 complicações relacionadas. Por isso, novos tratamentos com resultados tão positivos são importantes para contribuir para a vida de quem convive com essa doença tão prevalente”, afirma em nota Luiz Magno, diretor médico sênior da Eli Lilly do Brasil.

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