Os serviços do governo dos Estados Unidos foram interrompidos nesta quarta-feira (1º). O anúncio da paralisação foi feito através de uma publicação nas redes sociais feita pela Casa Branca durante a madrugada.

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A paralisação ocorre porque o Congresso não chegou a um acordo para aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, ações que dependem do poder público, como o controle aéreo e o pagamento de benefícios, são afetadas.

Apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados.

A paralisação, também conhecida como “shutdown”, é a 15ª desde 1981. A mais longa aconteceu durante o primeiro mandato de Donald Trump e durou 35 dias, entre 2018 e 2019.

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O que é um shutdown

Nos Estados Unidos, o Congresso precisa aprovar leis de financiamento para manter o governo funcionando. Sem esse acordo, os recursos são cortados e parte das atividades federais é suspensa.

Ao contrário de outros países, onde a rejeição do orçamento pode derrubar o governo, nos EUA o resultado é a paralisação de serviços considerados “não essenciais”.

Por que os EUA entraram em paralisação

O impasse é sobre a renovação do financiamento federal. A falta de acordo levou ao fechamento parcial do governo.

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  • Republicanos, que controlam as duas casas do Congresso, defendem uma proposta “limpa”, ou seja, uma extensão temporária de recursos sem mudanças adicionais.
  • Democratas condicionam o apoio à inclusão de medidas ligadas à saúde, como a prorrogação de créditos tributários que reduzem o custo dos planos do Obamacare e a reversão de cortes no Medicaid.

Como o shutdown pode afetar o mercado

O impacto do shutdown para a economia e os mercados depende da duração. Paralisações breves tendem a ser absorvidas, mas fechamentos mais longos já mostraram efeitos mensuráveis.

Por exemplo, o shutdown entre 2018 e 2019, de 35 dias, foi o mais longo da história e reduziu o PIB em cerca de US$ 11 bilhões (R$ 58.5 bilhões), segundo o Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA.

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Agora, com a nova paralisação, os mercados refletem essa apreensão, com queda do dólar e das bolsas americanas, e a disparada do ouro, que entrou em nova máxima histórica.

Principais impcatos

O governo está impedido de gastar e, com isso, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.

O “shutdown” afeta turistas e companhias aéreas já alertaram que atrasos nos voos são prováveis nos próximos dias. Parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas.

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A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas.

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*Sob supervisão de Pablo Brito

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