Criada em junho deste ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizou se reúne nesta terça-feira (4), após a megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. A comissão foi instalada no Senado Federal e ganhou atenção após o ocorrido. As informações são do g1.
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Tanto o governo, quanto a oposição decidiram escalar senadores de peso para a CPI. Integram a comissão 11 titulares e sete suplentes, que devem pautar o principal debate no Brasil, dos últimos dias. Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI. Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ficou em segundo lugar e deve ser vice da comissão.
O governo federal tenta impedir que a agenda seja capturada politicamente, com objetivo de dar resposta institucional ao problema. Já a oposição vê uma “ponte” com eleitores de centro, e deve utilizar a CPI para reforçar a imagem de enfrentamento ao crime.
Polícia divulgou perfil dos mortos em megaoperação no RJ
A Polícia Civil divulgou, na segunda-feira (3), o perfil de 115 dos 121 mortos na megaoperação do Rio de Janeiro, que ocorreu na última semana contra uma facção criminosa. A lista conta com dois menores de 18 anos e 17 pessoas que não tinham registros policiais. Entre os mortos, segundo a Polícia Civil, também há um homem, de 28 anos, natural do Pará, mas com histórico criminal em Santa Catarina.
Segundo o documento, dos 115 nomes divulgados, 99 apresentavam histórico criminal e 12 apresentaram indícios de participação no tráfico nas redes sociais. Ainda conforme a Polícia Civil, 62 mortos são de outros estados: 19 do Pará, nove do Amazonas, 12 da Bahia, quatro do Ceará, dois da Paraíba, um do Maranhão, nove de Goiás, um do Mato Grosso, três do Espírito Santo, um de São Paulo e um do Distrito Federal.
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O relatório indica que, no Rio de Janeiro, há chefes de organizações criminosas de 11 estados da federação, de quatro das cinco regiões do país.
Artistas se manifestam sobre megaoperação no RJ
Além do apresentador Luciano Huck, outros famosos se manifestaram sobre a megaoperação ocorrida no Rio de Janeiro, que deixou 120 mortos, na semana passada. O apresentador utilizou o final do programa Domingão com Huck para realizar um desabafo.
— É uma tristeza ver o mesmo modelo de segurança pública se repetir há décadas sem nenhum resultado. Quantas vezes eu já não parei um programa de televisão aqui na TV Globo para falar desse assunto? 120 mortos numa operação policial no complexo do Alemão e da Penha. Por trás desse número, tem 120 mães que enterraram seus filhos — disse Huck.
Após a fala, o também apresentador Luiz Bacci criticou as opiniões de Luciano Huck. As falas de Bacci foram divulgadas em suas redes sociais. O apresentador classificou os mortos na megaoperação como “bandidos, vagabundos e assassinos”.
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O rapper Djonga também se posicionou sobre a megaoperação. Em suas redes sociais, o artista afirmou que o estado segue adotando violência como resposta aos problemas sociais. A atriz Debora Bloch, intérprete de Odete Roitman no remake da novela Vale Tudo, compartilhou um vídeo em suas redes sociais. Na postagem, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) comenta a situação.
*Sob supervisão de Luana Amorim