A Copa do Mundo Feminina tem início nesta quinta-feira (20), na Austrália e Nova Zelândia. Essa é a primeira vez que o torneio tem 32 seleções na disputa, sendo a maior Copa da modalidade desde 1991. Conheça os grupos e o que esperar das seleções nesta primeira fase.

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Grupo A: Nova Zelândia, Noruega, Filipinas e Suíça

A Nova Zelândia, apesar de já ter participado de outras Copas, nunca avançou da fase de grupos e sonha com este feito dentro de casa. No entanto, nos amistosos preparatórios para o mundial, a Nova Zelândia não teve bom desempenho, sendo derrotada pela Nigéria por 3×0 e pela Itália por 1×0.

Diferente da Noruega campeã de 1995, a seleção atual sofre com alguns problemas de defesa. Por outro lado, é a seleção com o ataque mais potente do grupo A. No elenco estão Guro Reiten e Caroline Hansen, do Barcelona, Frida Maanum, do Arsenal, e a experiente Ada Hegerberg, do Lyon.

No cenário do futebol asiático, a Filipinas, estreante nesta Copa do Mundo, possui um trabalho regular e de evolução. Dentro do grupo A, dificilmente avança diante das adversárias mais experientes.

Por fim, a Suíça tende a se favorecer no grupo e apresenta um estilo de jogo bem ofensivo. A seleção busca se classificar para as oitavas como em 2015.

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Grupo B: Austrália, Irlanda, Nigéria e Canadá

A Austrália terá o apoio da sua torcida para fazer uma campanha histórica na Copa do Mundo. As matildas fizeram excelentes amistosos preparatórios, vencendo a Inglaterra por 2×0 e a França por 1×0. Além disso, contam com uma das melhores atacantes da atualidade: Sam Kerr, que joga pelo Chelsea.

A estreante Irlanda tende a impor um jogo mais defensivo e vai explorar muito a bola parada durante a competição. Tem um dos grupos mais difíceis para enfrentar nesta Copa.

A seleção nigeriana possui um ótimo elenco, no entanto não fez uma boa campanha na Copa Africana de Nações. Asisat Oshoala, que atua no Barcelona, é a atleta que lidera a equipe da Nigéria e comanda o ataque da seleção. Recentemente, venceu a Nova Zelândia por 3×0 e o Haiti por 2×1 em amistosos preparatórios.

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Por fim, o Canadá mostra um jogo muito organizado e que surpreendeu as adversárias na conquista do ouro na Olimpíada de Tóquio, disputada em 2021. A seleção participou da SheBelives Cup em fevereiro, saindo com apenas uma vitória do torneio quadrangular, e realizou apenas um amistoso preparatório contra a França, em que foi derrotada por 2×0. A seleção canadense passou por uma crise extracampo. As atletas denunciaram a federação por péssimas condições de estrutura e também por questões financeiras.

Grupo C: Espanha, Costa Rica, Zâmbia e Japão

A seleção espanhola chega para a Copa do Mundo com Alexia Putellas, a atual melhor jogadora do mundo, em sua equipe. Além disso, a Espanha conta com jogadoras jovens e promissoras, como Aitana Bonmati. Apesar disso, a seleção passou por um racha em seu elenco. Desde setembro de 2022, 15 atletas escreveram uma carta à federação pedindo para não fazer mais parte da seleção. Elas alegavam questões de saúde mental. Dessa forma, essas jogadoras, como a zagueira Mapi Léon e a goleira Sandra Paños, não foram mais convocadas.

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O grupo C para a Costa Rica é bem complicado. A técnica Amelia Valverde, que está no cargo desde 2015, tem seu trabalho muito criticado por não apresentar tantas vitórias com a seleção.

A estreante Zâmbia possui um ataque muito promissor comandado por Barbra Banda. No entanto, a defesa da seleção não aguenta muita pressão. Recentemente, realizou um amistoso contra a Alemanha, onde saiu vencedora por 3×2. A equipe também é afetada por problemas extracampo. O técnico Bruce Mwape foi acusado por assédio sexual e está sendo investigado.

Por fim, o Japão campeão da Copa do Mundo de 2011 completa o grupo C. A equipe é organizada e tem boa marcação. O time conta com atletas criativas e que podem mexer no meio de campo, como Yui Hasegawa, que joga no Manchester City. Além disso, conta com a experiência de Saki Kumagai, campeã com a seleção em 2011.

Japão conquistou a Copa em 2011 (Foto: Fifa)

Grupo D: Inglaterra, Haiti, Dinamarca e China

As inglesas chegam muito fortes depois da campanha histórica da Eurocopa, em que foram vencedoras. Comandadas por Sarina Wiegman, considerada a melhor treinadora do mundo, a Inglaterra possui atletas jovens, como Lauren James, que atua no Chelsea, e conta com outras mais experientes, como Lucy Bronze, que joga pelo Barcelona.

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O estreante Haiti teve uma classificação histórica, vencendo o Chile por 2×1 nos playoffs. Esse elenco é composto por atletas bem jovens que se conhecem de categorias de base. Dificilmente, a seleção avança no grupo D porque terá de enfrentar adversárias mais experientes.

A Dinamarca mostrou uma evolução na sua defesa desde a Eurocopa. Nos três amistosos pré-Copa sofreu apenas dois gols em uma derrota para a Espanha por 2×0. A equipe conseguiu vencer o Japão e a Suécia no período, ambos os jogos pelo placar de 1×0.

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A China surpreendeu ao vencer a Copa da Ásia em 2022. A equipe possui um bom psicológico e conta com a meio-campista Wang Shuang, atleta muito criativa e que dita o ritmo do jogo. Recentemente, em um jogo preparatório contra o Brasil foi derrotada pelo placar de 3×0.

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Grupo E: EUA, Vietnã, Holanda e Portugal

As favoritas e tetracampeãs da Copa, Estados Unidos, ficaram em um grupo sem grandes complicações. As estadunidenses possuem uma seleção jovem e que passa por renovação no período, mas chegam confiantes para a disputa. No elenco, ainda conta com as estrelas: Megan Rapinoe e Alex Morgan.

A estreante Vietnã teve a infelicidade de ficar em um grupo complicado. A seleção vai ter que encarar as atuais campeãs e vice-campeãs da Copa do Mundo. Há um considerável desequilíbrio técnico entre as viatnamitas e as equipes que vão encarar na fase de grupos.

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A Holanda é a atual vice-campeã do torneio. Diferente de 2019, a seleção chega com muitas dúvidas e precisando de uma renovação no seu elenco. Durante a preparação para a Copa sentiu a baixa de uma de suas principais atletas, Viviane Miedema, que teve uma lesão no joelho. Outra questão é o desempenho de Lieke Martens, que não mostra constância desde a última Copa.

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O grupo também é formado por outra estreante, Portugal. A seleção mostrava constante evolução nas participações da Eurocopa, mas ainda faltava chegar à Copa do Mundo. A equipe possui alguns problemas na defesa e ainda vai ter um grupo complicado pela frente.

Grupo F: França, Brasil, Jamaica e Panamá

As francesas possuem favoritismo dentro do grupo F pelas últimas campanhas na Copa e pelo elenco recheado de craques. No entanto, durante a preparação para o Mundial, a França sofreu com diversas lesões, perdendo atletas importantes, como Marie-Antoinette Katoto, Delphine Cascarino e Amandine Henry. Além disso, a recente troca de comando técnico também pode afetar a equipe. A antiga técnica, Corine Diacre, foi demitida após diversas jogadoras disserem que não representariam a França no Mundial. As atletas alegaram problemas de relacionamento e abuso moral.

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O Brasil chega atrás de conquistar a sua primeira estrela. Desde 2019, passou por um processo de renovação do elenco e comissão técnica com a chegada de Pia Sundhage. A equipe possui um meio de campo criativo e tem à disposição muitas atacantes. Pode adotar um estilo de jogo mais ofensivo e surpreender as adversárias na competição.

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A seleção brasileira estreia dia 24 contra o Panamá (Foto: Thais Magalhães/CBF)

A Jamaica chega para a sua segunda Copa do Mundo. As reggae girlz possuem em seu elenco uma das principais atacantes da atualidade: Kadija Shaw, que atua no Manchester City. Em 28 jogos pelo clube inglês, ela marcou 29 gols. Algumas questões extracampo também podem afetar o time, já que a federação costuma não apoiar muito as jogadoras. Inclusive, algumas atletas chegaram a realizar vaquinha para conseguir um valor extra para viajar à Austrália.

A estreante Panamá foi a última seleção a se classificar para a Copa do Mundo. Desde a chegada do técnico Nacho Quintana, tem melhorado o seu desenvolvimento, trazendo mais confiança e competitividade para o grupo. A equipe não teve muita sorte e está em um grupo complicado. Além disso, sofreu recentes goleadas em amistosos preparatórios, como a derrota por 7×0 para a Espanha.

Grupo G: Suécia, África do Sul, Itália e Argentina

A Suécia fez boas campanhas na Eurocopa, na última Copa e também na Olimpíada. É uma das candidatas a avançar no grupo sem muitas dificuldades. A equipe possui solidez em todos os setores com atletas de experiência internacional. Além disso, participou de todas as edições de Copa e é a atual terceira seleção no ranking da Fifa.

A seleção sul-africana é a atual campeã Africana e vive um grande momento. O comando técnico de Desiree Ellis trouxe mais confiança, liderança e criatividade para a equipe. A África do Sul passou por um problema extracampo recentemente. As atletas denunciaram que a federação não repassou o prêmio da Fifa pela convocação para a Copa.

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A Itália é uma seleção inconstante. Não passou da fase de grupos na Eurocopa, sofrendo uma goleada para a França, sendo derrotada pela Bélgica e empatando com a Islândia. Além disso, não fez bons amistosos preparatórios, empatando em 0x0 com o Marrocos, por exemplo. A equipe italiana conta com a experiência de ter participado de outras Copas, inclusive a de 2019, quando fez uma boa campanha, chegando às quartas de final.

O elenco argentino pode não ser o mais estrelado do grupo, mas possui consistência e algumas atletas que fazem a diferença em campo. A volante Lorena Benítez e a atacante Yamila Rodriguez, que jogam no Palmeiras, dão mais dinâmica para o jogo. A Argentina já participou de outras três edições de Copa, mas nunca conseguiu avançar da fase de grupos.

Grupo H: Alemanha, Marrocos, Colômbia e Coreia do Sul

Bicampeã, a Alemanha chega forte para a Copa depois de uma excelente campanha na Euro. A equipe possui um time comandado pela multicampeã Alexander Popp, que atua no Wolfsburg, além de contar com jovens promessas como Lena Oberdorf e Jule Brand, que também defendem o Wolfsburg. As alemãs sofreram duas perdas importantes na preparação para a Copa, as defensoras Carolin Simon e Giulia Gwinn, ambas com LCA.

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A seleção marroquina está estreando no Mundial e já faz história como a equipe masculina na Copa do Catar. O Marrocos vem de um projeto de desenvolvimento do futebol no país e mostra um jogo organizado. Tem como maior desafio a Alemanha dentro do grupo, mas consegue encarar de maneira mais igualitária as seleções da Colômbia e Coreia, tornando o grupo mais equilibrado.

As colombianas chegam com atletas muito jovens e promissoras em seu elenco. Fizeram uma boa campanha na Copa América, ficando com a segunda colocação, e revelando um jogo bem ofensivo. A Colômbia possui na equipe uma das maiores promessas do futebol: Linda Caicedo. A atacante de 18 anos, que atua pelo Real Madrid, mostra personalidade e tem faro para gols.

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Por fim, a Coreia do Sul fez boas campanhas continentais e tende a dar trabalho no grupo. Gosta de trabalhar a posse de bola e melhorou muito o setor defensivo nos últimos anos. Além disso, tem a experiência de já ter participado de outras três edições de Copa.

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