O primeiro Restaurante Popular de Florianópolis fechou temporariamente as portas na última sexta-feira (22) após dois anos de funcionamento. O estabelecimento oferecia café da manhã, almoço e jantar para pessoas em vulnerabilidade social. Na segunda-feira (24), usuários do serviço chegaram ao local e encontraram as portas fechadas. As informações são do g1 SC.
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De acordo com a prefeitura, ainda não há data definida para a reabertura do restaurante, que deverá atender apenas famílias previamente cadastradas, trabalhadores e estudantes. Pessoas em situação de rua que eram atendidas no local serão realocadas para a Passarela da Cidadania, também no Centro da cidade.
O anúncio do fechamento foi feito pelo município no início do mês de fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, os atendimentos devem ser retomados em até 90 dias.
“Não há intenção de mudar de local, apenas realizar alterações para atender com maior segurança o público prioritário, trabalhadores e famílias em vulnerabilidade social”, informou o município.
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A Defensoria Pública de Santa Catarina (DPE/SC) propôs uma Ação Civil Pública (ACP) para garantir o funcionamento do local. O prazo de 72 horas dado pela Justiça para que o município se manifestasse sobre a questão venceu na segunda-feira (24).
O local fica no Centro da cidade e tem capacidade para produzir até 2 mil refeições por dia.
Entidades manifestam preocupação
Em nota, a DPE catarinense afirmou que a Capital do Estado foi uma das últimas do país a implementar o serviço, mas que o espaço “tem sido um marco no combate à fome na cidade”.
“A mudança também representa um retrocesso social, colocando em risco o direito à alimentação adequada e nutricional de muitas pessoas que já vivem em condições precárias”, afirmou a Defensoria em nota.
O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina (Consea) também se manifestou sobre o fechamento e relatou que há uma falta de alternativas para o período de reformulação estrutural. Na última sexta-feira (21), movimentos relacionados a população em situação de rua realizaram um ato em frente ao restaurante.
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O espaço era o “único lugar onde muitas pessoas têm acesso a uma alimentação saudável, com segurança nutricional, com verduras, carnes e saladas”, segundo o Consea.
Em nota, o município afirmou que o restaurante foi criado para atender famílias em vulnerabilidade social, mas, com o passar do tempo, “passou a ser utilizado majoritariamente por grupos que já são atendidos em outro local”.
Como resultado, famílias e trabalhadores que realmente precisavam do serviço se afastaram. Agora, as mudanças buscam reverter essa realidade.
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