O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (21) que o país entrou no conflito entre Israel e Irã. A missão, apelidada de “Midnight Hammer” (Martelo da Meia-Noite, em tradução livre), bombardeou as três principais instalações nucleares iranianas. As informações são do g1.

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Segundo Trump, a decisão foi tomada para impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares. Ele classificou os ataques como uma “ação defensiva” para proteger os EUA e seus aliados. A operação americana acontece uma semana após o início do conflito entre Israel e Irã.

— Ou haverá paz ou haverá tragédia para o Irã. Que cessem os ataques que vimos nos últimos oito dias. Hoje foi o dia mais difícil de todos, e talvez o mais letal. Mas se a paz não vier rápido, nós vamos continuar atacando com precisão e habilidade — disse Trump, em pronunciamento na noite de sábado.

De acordo com secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, a ação incluiu 14 bombas antibunker de 13 toneladas cada. As bombas GBU-57 usadas no ataque são conhecidas como “destruidora de bunkers” devido ao seu peso e forma de operação. Com 6,2 metros de comprimento, a única aeronave capaz de carregá-la é o bombardeiro americano B-2.

Hegseth também afirmou que a operação americana foi realizada de forma “perfeita” e “obliterou” o programa nuclear iraniano.

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— Quando o presidente (Trump) fala, o mundo deve ouvir — diz Pete Hegseth.

Os ataques tiveram como alvo três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. O complexo nuclear de Fordow fica situado em uma antiga base militar perto da cidade de Qom e teria sido construída secretamente, no início dos anos 2000, para produzir graus mais puros de urânio, o que o tornava militarmente mais significativo. Antes do início da ofensiva israelense, o Irã havia anunciado um plano de modernizar as estruturas do local.

Israel se manifesta

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou a decisão de Donald Trump. Ele declarou que a ação americana “mudará a história” e representa um avanço rumo à paz por meio da força.

— A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo — declarou Netanyahu em um discurso no sábado.

Irã reage

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (22) que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha muito grande” ao bombardear instalações nucleares iranianas. O chanceler disse que os ataques representam uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional” e anunciou que o Teerã convocou o Conselho de Segurança da ONU para uma reunião de emergência.

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Araghchi também apelou ao Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que condene formalmente os bombardeios. Ele afirmou, também, que irá para um encontro em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.

— O presidente dos Estados Unidos, Trump, traiu não apenas o Irã, mas enganaram sua própria nação (…) Eles traíram a diplomacia, traíram as negociações. É irrelevante pedir ao Irã que retorne à diplomacia — disse o chanceler, reforçando que Teerã “reserva todas as opções” para proteger sua soberania e segurança nacional.

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