O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo, especialmente na culinária brasileira. No entanto, muitos desconhecem que ele pode conter substâncias potencialmente tóxicas, como o arsênio inorgânico e toxinas fúngicas, que, em excesso, podem representar riscos à saúde. Mas calma: com os cuidados certos, é possível reduzir significativamente a exposição a esses compostos.

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Conheça os tipos de arroz

Arsênio: o principal tóxico no arroz

O arsênio é um metal pesado que pode estar presente no solo e na água, sendo absorvido pelas plantas — e o arroz tem uma capacidade maior de acumular essa substância em comparação com outros grãos. Isso ocorre principalmente em áreas agrícolas que foram contaminadas por pesticidas ou resíduos industriais.

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O maior problema é quando o arsênio está na forma inorgânica, considerada altamente tóxica e classificada como cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC). A exposição contínua e em doses elevadas pode causar:

  • Câncer de pulmão, bexiga e pele
  • Doenças cardiovasculares
  • Diabetes tipo 2
  • Danos neurológicos e gastrointestinais
  • Lesões de pele e anemia

No Brasil, a Anvisa estabelece um limite máximo de 0,3 mg/kg de arsênio no arroz. A maioria das amostras analisadas está dentro desse limite, mas ainda assim é importante adotar medidas de prevenção no preparo do alimento.

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Toxinas fúngicas no arroz

Outro risco é a presença de micotoxinas, como aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona, que surgem da contaminação por fungos durante o armazenamento inadequado. Essas toxinas têm potencial carcinogênico e podem ser prejudiciais à saúde, especialmente se consumidas em grande quantidade ou por longos períodos.

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Como reduzir os riscos ao consumir arroz?

Felizmente, é possível diminuir significativamente a presença de arsênio e toxinas com atitudes simples no preparo e armazenamento:

Lave bem o arroz

Lavar o arroz até que a água fique clara pode remover parte do arsênio presente na superfície do grão.

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Deixe o arroz de molho

Deixar o arroz de molho por algumas horas ou durante a noite antes do cozimento ajuda a soltar o arsênio acumulado.

Cozinhe com mais água

Use uma proporção de 5 partes de água para 1 parte de arroz e descarte a água após o cozimento. Esse método reduz até 50% da presença de arsênio.

Armazene corretamente

Evite deixar o arroz em locais úmidos e quentes, que favorecem o crescimento de fungos. Prefira locais secos, arejados e protegidos da luz.

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