A exposição “Menor que meu sonho, não posso ser”, do artista plástico Wagner Kuroiwa, aberta desde o dia 4 de julho na Sala Lindolf Bell II do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, acaba de ser prorrogada por conta do sucesso de público. Agora, a exposição segue em cartaz até o dia 25 de agosto. Ao longo do mês, a mostra recebeu mais de 10 mil pessoas, conforme estimativas da própria organização.

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Está é a primeira mostra individual do artista em solo catarinense. Ela reúne 32 obras inéditas que exploram diferentes técnicas e temáticas — o que a torna irresistível a qualquer público.

Um exemplo é uma obra em grandes dimensões que se encontra na entrada da exposição. Com cerca de 100 radiografias soldadas e pintadas com verniz vitral e giz pastel, forma-se uma imagem de Cristo com pouco mais de três metros de altura.

Obra é emblemática e chama atenção do público logo no início da exposição (Foto: Ana Menezes, NSC Total)

Outras seis obras combinam bordado sobre tela com pintura acrílica, revelando a experimentação que é característica do artista. Mais outras três peças foram entalhadas em madeira, com múltiplos desenhos aplicados sobre o mesmo suporte. A exposição inclui ainda trabalhos em giz pastel.

Parte das obras também dialoga com temas e paisagens de Florianópolis e região, como pássaros locais, como o Socó, e pontos turísticos emblemáticos, como o Morro das Pedras, Itaguaçu, Centro Histórico de São José, Figueira da Praça XV e a Ponte Hercílio Luz.

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Conhecido pelo uso de cores vibrantes e pela riqueza de detalhes, Kuroiwa também usa um minucioso emaranhado a bico de pena para compor as obras.

Ao lado das obras, aparecem textos que complementam a arte: contos, crônicas e poemas também escritos pelo artista. Esses textos, além de favorecerem a compreensão da obra — o que a torna acessível à qualquer público — estabelecem um diálogo com a obra visual, ora complementando-a, ora fazendo da pintura uma ilustração do texto, numa simbiose entre cores, formas e literatura.

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“Surpreso, feliz e grato”, diz artista sobre o sucesso da mostra

Parte da exposição permanecerá em exibição na Sala Lindolf Bell I até 7 de setembro, integrando a programação oficial das comemorações dos 130 anos da amizade entre Brasil e Japão. A mostra foi reaberta ao público na última sexta-feira (8).

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— Me sinto surpreso, feliz e muito grato pela receptividade do público catarinense, um público que respeito e admiro pela sua cultura, pujança e hospitalidade. Ter, portanto, essa acolhida é algo memorável e inesquecível — disse o artista ao NSC Total.

Kuroiwa é um médico apaixonado por arte

Wagner Kuroiwa tem 78 anos, nasceu em Garça, interior de São Paulo, e atualmente mora em São José, na Grande Florianópolis. Desenha e pinta desde a pequena infância, embora seu sonho sempre tenha sido tornar-se médico.

Ele resolveu seguir o próprio anseio. Formou-se médico pela Escola Paulista de Medicina em 1976, especializando-se em Direito Sanitário e Saúde Pública pela USP. Na década de 1980, sua produção artística ganhou impulso ao participar de mostras coletivas em espaços públicos. Depois, passou a integrar salões onde foi premiado e conviveu com membros do Grupo Seibi, como Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Fukushima, Tomoo Handa, entre outros.

Autodidata, Wagner utiliza diversas técnicas, muitas vezes complementares, como acrílico sobre tela, giz pastel, aquarela, bordado, entalhes em madeira e até mesmo raio-x. Seus desenhos e pinturas, marcados por cores vibrantes e ricos detalhes, integram coleções em mais de 25 países.

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*Sob supervisão de Giovanna Pacheco

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