Foram horas de terror. Depois de ondas de mais de três metros em um mar revolto, oito tripulantes de um barco pesqueiro de Santa Catarina foram arremessados na água e tiveram de lutar — e manter a mente controlada — para sobreviver. Até o fechamento deste texto, seis homens e o barco já haviam sido encontrados. A Marinha segue em busca das outras duas vítimas.

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Até o momento, sabe-se que o barco “BP Safadi Seif” saiu de Itajaí na quinta-feira (15) e afundou na noite de sexta (16), a 40 quilômetros da costa, na altura de Garopaba, no Sul. Os sobreviventes contaram à reportagem da NSC TV que o mar estava agitado e, depois de ondas de cerca de quatro metros, houve o naufrágio.

A suspeita das autoridades é de que o ciclone que atingiu Santa Catarina na última semana tenha influenciado o episódio, já que o sistema traz chuva e ventos que resultam em ondas mais violentas. A Marinha do Brasil informou que um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente.

— Foi tudo muito rápido, não deu para fazer nada — contou Domingos Pereira do Rosário, um dos tripulantes.

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Já na água, parte do grupo conseguiu ativar a chamada balsa salva-vidas, uma espécie de bote com suprimentos e sinalizador. Cinco trabalhadores subiram no bote, mas não encontraram os outros três. Em meio à escuridão, esperaram por socorro e ajudaram um ao outro para que ninguém entrasse em desespero.

— Foi um sufoco controlar [a mente]. Podiam nos achar ou não, exige muito controle sobre si, não desejo esse momento para ninguém — desabafou outro sobrevivente, Luiz Carlos Messias da Silva.

Eles ficaram 30 horas à deriva até que um navio que fazia patrulhas na região os localizou, na noite de sábado (17). Eles chegaram a Itajaí na manhã de domingo (18), onde seguiram para o hospital para exames complementares.

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A Marinha seguiu com as buscas e, mais tarde, perto das 18h, uma aeronave da instituição encontrou Deivid Luiz Monteiro Ferreira. Ele estava a 200 quilômetros de Florianópolis, com duas boias junto ao corpo. Bastante debilitado, com sinais de hipotermia e desidratação, foi atendido pela equipe do helicóptero Arcanjo no aeroporto da capital e depois levado ao Hospital Celso Ramos.

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Alisson da Silva Santos e Diego Silva de Brito não foram encontrados até as 21h30min de domingo, dois dias depois do acidente.

Os resgatados

Djalma dos Santos Silva, Deivid Luiz Monteiro Ferreira, Domingos Pereira do Rosário, Luiz Carlos Messias da Silva, Mario Gomes Soares e Zoel Texeira Barros foram resgatados pela Marinha.

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