O padrasto do jovem, que morreu com suspeita de ter sido envenenado por bolinho de mandioca, teria agido por ciúmes, controle e sentimento de rejeição, de acordo com as investigações da Polícia Civil. O jovem estava internado há dez dias, quando morreu no domingo (20), em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. As informações são do g1.
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Lucas da Silva Santos passou mal após comer um bolinho que teria sido entregue pelo padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos, preso preventivamente desde quarta-feira (16), segundo a polícia e a família do jovem. Em seus depoimentos, ele se contradisse e demonstrou diversas inconsistências. A defesa dele não foi localizada.
Padrasto distribuiu bolinhos aos familiares
De acordo com a mãe de Lucas, o padrasto do jovem, Ademilson Ferreira dos Santos, distribuiu os bolinhos aos familiares após ela ter recebido o alimento em casa na sexta-feira (11). Segundo o depoimento, Ademilson comeu um pedaço, depois deu um bolinho para ela, deixou um bolinho em um banco para outro familiar e deu o de Lucas no quarto do jovem.
Depois do jantar, Lucas passou mal e acabou desmaiando. Ademilson teria tentado colocar a culpa em sua própria irmã. A afirmação foi dita em entrevista à TV Globo, quando o homem também lamentou o fato de Lucas ter ido para o hospital.
A tia de Lucas negou que tenha colocado qualquer substância na comida, mas disse que estava afastada da família, mesmo não tendo desavenças graves. Ela prestou depoimento duas vezes.
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Quando foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Lucas estava com um quadro de intoxicação compatível com envenenamento, segundo o médico que o atendeu. A equipe acionou a Guarda Municipal e a Polícia Civil iniciou uma investigação.
O jovem precisou ser transferido para o Hospital de Urgência, onde tinha suporte ventilatório e vigilância neurológica, até falecer neste domingo.
Print de conversa entre padrasto e pastor
Um print obtido pela TV Globo mostra uma conversa entre Ademilson e um pastor, em que o padrasto afirma estar com depressão e revela que já pensou em matar o enteado, mas que Deus o havia livrado disso.
A delegada responsável pelo caso, Liliane Doretto, deve indiciá-lo por homicídio triplamente qualificado:
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- Por motivo fútil, já que o crime teria sido baseado em ciúmes da vítima;
- Pelo uso do veneno no alimento, caracterizando meio traiçoeiro de execução;
- E por ter utilizado recurso que impossibilitou a defesa do jovem, já que o veneno estaria escondido em um alimento.
A polícia aguarda o laudo da perícia para confirmar se os bolinhos estavam, de fato, envenenados e qual substância foi usada. O inquérito policial está em fase de conclusão e ainda devem ser realizadas perícias para a elaboração do relatório final que será entregue à Justiça.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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